Palestra com Ivete Troti e Selma G. Rodrigues sobre o funcionamento da fiscalização frente a Covid-19 nas unidades de saúde.
Ivete pede esclarecimentos quanto à atuação dos fiscais junto às instituições pois existem vários questionamentos e crenças de que não há empatia na hora da fiscalização. Bem como alguns acreditam que há agendamento prévio com a instituição, reuniões de portas fechadas e que não há verificação na ponta para ver o que acontece, se os equipamentos estão sendo dados, se há violação no uso de EPI. Selma responde que não. Há uma reunião inicial para entender a instituição e poder fazer a fiscalização de maneira efetiva.
Durante a conversa foi salientado que os profissionais de saúde tinham medo sim do contágio. É compreensível isso porque também são seres humanos. Mas o que mais assusta a categoria é o fato de trazer a contaminação para casa, pois os mesmos tem famílias como qualquer outra pessoa. Também foi comentado o fato de que muitos profissionais tem procurado assistência psicológica, assistência psiquiátrica, para conter e tratar a ansiedade.
O fato de pacientes morrerem todos os dias tem causado no próprio profissional certa angústia, mesmo com todos os cuidados e protocolos. Ainda sobre o Covid-19, foi comentado sobre a distribuição de máscaras disponibilizadas pelo Cofen, que apesar de ajudar muito, ainda foi muito aquém do necessário no momento atual. Foi explicado que houve preferência por distribuição em instituições públicas e as mesmas, antes de receber o material, foi verificada para saber se realmente havia necessidade do material, tendo em vista a escassez do mesmo.
Por fim, a Enfermeira Ivete relatou que a situação no hospital em que ela trabalha está sob controle que que não faltam equipamentos e insumos para lidar com a situação, realidade muito favorável no atual contexto. Ainda no contexto, a mesma explanou que a classe continuará lutando pela valorização da Enfermagem, em causas como pisto salarial, 30 horas, dentre outras. Além de lembrar que o ano de 2020 foi escolhido para ser conhecido como o “Ano da valorização da Enfermagem”, mesmo que ainda não se tivesse ideia do que estava por vir.