O Trabalho de Enfermagem no Atendimento ao Cliente Com Ferida: Uma Abordagem Ergonômica

31 de janeiro de 2023 por filipesoaresImprimir Imprimir

Analisa as condições do trabalho de Enfermagem de atendimento ao cliente, com ferida, em sala de curativo.


Trata-se de estudo exploratório descritivo, com abordagem ergonômica, oriunda da escola franco-belga, objetivando analisar as condições do trabalho de enfermagem de atendimento ao cliente, com ferida, em sala de curativo localizada em seis unidades básicas de saúdo localizadas no interior do Estado de São Paulo.

O Trabalho de Enfermagem no Atendimento ao Cliente Com Ferida: Uma Abordagem Ergonômica

Foto: Divulgação.

Os formulários validados foram aplicados em oito trabalhadoras de enfermagem, abordando o homem, o ambiente, utilizou-se a técnica de observação participativa na atividade de trabalho de seis trabalhadoras. A faixa etária das trabalhadoras varia de vinte e um a quarenta e seis anos. A formação de enfermagem das trabalhadoras era: Sete eram técnicas e uma auxiliar, três cursavam graduação em enfermagem; quanto à capacitação para iniciar a atividade na sala de curativo: três afirmaram não receber, três receberam pela enfermeira da Unidade Básica de Saúde e duas receberam pela assessoria técnica da empresa. A internet não era utilizada com freqüência. A carga de trabalho era de oito horas diárias e o tempo de trabalho na atividade variou de nove a oitenta e quatro meses. O acidente de trabalho na sala de curativo ocorreu com duas trabalhadoras: Perfuro cortante e respingo de sangue no rosto, sendo notificados; uma trabalhadora teve afastamento trabalho por pancreatite. Somente três trabalhadoras tinham índice de massa corpórea normal, duas praticavam atividades físicas, e três consideraram não ter lazer. As trabalhadoras referiram encontrar na atividade: exigência de esforço físico, esforço mental e concentração, a principal dificuldade foi a adesão do usuário ao tratamento. O risco biológico para o trabalho na sala de curativo foi considerado por quatro trabalhadoras.

Na fase de observação constatou-se a ausência de padronização na estrutura física e inadequação do mobiliário; adoção de má postura física na realização do curativo, considerado risco ocupacional, sendo o tanque lava pé o fator agravante; a percepção das trabalhadoras de temperatura elevada e de ruído elevado a intenso. Não havia tarefa prescrita para a realização do trabalho e não era utilizada a sistematização da assistência de enfermagem.

Este estudo sugere a continuidade da abordagem ergonômica organizacional e cognitiva para essa atividade.

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