Informe da Organização Internacional do Trabalho sobre o Trabalho em Tempos de Pandemia.
A pandemia de doença por coronavírus (COVID-19) chegou à América Latina e ao Caribe em um momento de economia fraca e vulnerabilidade macroeconômica. Na década subsequente Para a crise financeira global (2010-2019), a taxa de crescimento do PIB regional diminuiu de 6% 0,2%; Além disso, o período 2014-2019 foi o de menor crescimento desde a década de 1950 (0,4%).
Nesse contexto, a dinâmica da pandemia de coronavírus, que traz consigo uma combinação choques externos e internos, será a causa da maior crise econômica e social da região décadas, com efeitos muito negativos sobre o emprego, a luta contra a pobreza e a redução de a desigualdade.
Segundo estimativas da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), prevê que a atividade econômica da região contrairá 5,3% em 2020. Na medida em que a dinâmica da pandemia continua e as medidas de distância física permanecem necessário, pode-se esperar que a contração seja maior do que o projetado.
A queda acentuada do produto interno bruto terá efeitos negativos no mercado de trabalho e até 2020, a CEPAL projeta um aumento da taxa de desemprego de pelo menos 3,4 pontos percentual, atingindo uma taxa de 11,5%, equivalente a mais de 11,5 milhões de novos desempregados. Se a contração econômica se aprofundar, a taxa de desemprego será maior.
Segundo estimativas da Organização Internacional do Trabalho (OIT), a crise da saúde causados por coronavírus e medidas de contenção causam uma perda de cerca de 10,3% do horário de trabalho no segundo trimestre deste ano, equivalente a 31 milhões de empregos em tempo integral (assumindo uma semana de 40 horas).
Juntamente com o aumento do desemprego, espera-se uma acentuada deterioração da qualidade do emprego. O trabalho informal é a fonte de renda para muitos lares na América Latina e no Caribe, onde a taxa média de informalidade é de aproximadamente 54%, segundo estimativas da OIT.
Muitos desses trabalhadores não têm acesso a serviços de saúde de qualidade e, dada a as características de seu trabalho são mais expostas ao contágio. Além disso. Sua renda é geralmente baixa. De modo que eles têm capacidade de economia limitada para lidar com períodos prolongados de inatividade. Eles também não possuem mecanismos de substituição de renda. Como o seguro desemprego, geralmente vinculado ao trabalho formal.