Por Joice Soares
Dos 2.307 mestres e doutores titulados pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP, 80% atuam em universidades. Desses, 10% estão em cargos de liderança – Reitoria, direção e gestão – e outros 20% estão na assistência, liderando equipes de saúde em instituições públicas e privadas e instâncias de governo.
Os dados foram apresentados pela EERP em comemoração aos 65 anos da unidade, que serão completados no dia 10 de agosto. Os números contabilizam a formação de líderes brasileiros, da América do Norte, da América Central, da América do Sul e de países da África que têm a língua portuguesa como oficial.
No total, há egressos da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto em dez países. Só o México conta com 35 doutores titulados pela USP, sendo que os profissionais são responsáveis pela implantação de cursos de doutorado e revistas científicas naquele país. Chile, Angola e Moçambique também estão entre os locais nos quais egressos da EERP ganham destaque pelo desenvolvimento do ensino, pesquisa e extensão em Enfermagem. E mais um país está entrando para o mesmo time: a Guiana.
No Brasil, a formação de mestres e doutores pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto beneficiou, principalmente, as regiões Norte e Nordeste e, em menor escala, a Centro-Oeste. Mas há egressos ocupando funções de liderança em instituições de ensino superior em todas as regiões do País.
A construção de políticas públicas na área de Enfermagem também tem a presença de profissionais formados na USP. Eles integram equipes dos departamentos do Ministério da Saúde e possuem participações pontuais em assessorias. O mesmo ocorre na Coordenação da Comissão Interamericana de Controle do Abuso de Drogas da Organização dos Estados Americanos, e na Organização Pan-Americana da Saúde da Organização Mundial da Saúde (Opas/OMS), com sede em Washington, nos Estados Unidos – que tem como assessora regional de Enfermagem e Técnicos em Saúde a professora Silvia Cassiani, diretora da EERP no período de 2010 a 2014.
A EERP iniciou as atividades em agosto de 1953 sob o comando da professora Glete de Alcântara. Nesses 65 anos, a escola graduou 3.477 profissionais e titulou 2.307 pós-graduandos entre mestres e doutores. Atualmente, a EERP possui 1.105 alunos, entre graduandos e pós-graduandos matriculados, 88 professores e 110 funcionários.
Na graduação, oferece cursos de Bacharelado em Enfermagem (80 vagas) e Bacharelado e Licenciatura em Enfermagem (50 vagas). Na pós-graduação, tem mestrado e doutorado nos programas de Enfermagem Fundamental, Enfermagem Psiquiátrica e Enfermagem em Saúde Pública. Também possui mestrado profissional em Tecnologia e Inovação em Enfermagem.
Em parceria com a Escola de Enfermagem (EE) da USP, em São Paulo, oferece o Programa Interunidades de Doutoramento em Enfermagem. A EERP foi a primeira do País a sediar um programa nota sete, nota máxima conferida pela Capes, órgão vinculado ao Ministério da Educação que avalia a pós-graduação no Brasil. Hoje, são dois programas nota sete.
A EERP é a única escola de enfermagem do Brasil com o reconhecimento internacional de ser designada como um centro colaborador da Opas/OMS para o desenvolvimento da pesquisa em Enfermagem desde 1988. Este ano já foi aprovada a sua redesignação para o período de 2018-2022. Além disso, edita as revistas Latino-Americana de Enfermagem e a Eletrônica Saúde Mental Álcool e Drogas (SMAD).
Na extensão universitária, tem mais de 60 projetos regulares em andamento, promovendo a melhoria da qualidade de vida das pessoas por meio de atividades educativas e de assistência.
À frente na direção da EERP, atualmente, estão os professores Maria Helena Palucci Marziale (diretora) e Pedro Fredemir Palha (vice-diretor).
Fonte: [1]