Cultura de Segurança: Percepção dos Enfermeiros de Unidades de Terapia Intensiva

1 de setembro de 2023 por filipesoaresImprimir Imprimir

Mensura a cultura de segurança do paciente na perspectiva dos enfermeiros de Unidades de Terapia Intensiva.


Florence Nightingale, precursora da Enfermagem Moderna, ao longo de sua trajetória, com destaque para a sua atuação na Guerra da Crimeia, contribuiu, de forma inovadora e revolucionária, para que a comunidade científica começasse a pensar sobre a Segurança do Paciente de uma maneira mais atenta, a partir do seu cuidado aos soldados doentes e feridos e de sua percepção da importância de condições físicas, vigilância constante, higienização das mãos e de processos sistemáticos para assegurar uma assistência mais segura, visando evitar a ocorrência de eventos indesejáveis.

Mapeamento Cruzado dos Diagnósticos de Enfermagem Em Terapia Intensiva Cardiovascular, na Perspectiva de Callista Roy
Os estudos sobre Segurança do Paciente foram tomando força e visibilidade social com o passar das décadas. No Brasil, em 2013, foi publicada a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) n° 36, que institui ações para a Segurança do Paciente em serviços de saúde. A cultura de Segurança do Paciente é ampla, engloba diversos aspectos dentro de uma instituição de saúde e auxilia na identificação de falhas e/ou pontos a serem melhorados para que um cuidado mais seguro possa ser oferecido. Deve possuir caráter não punitivo, fazendo com que todos os colaboradores estejam inseridos e comprometidos com a melhoria da qualidade do serviço.
O hospital é uma instituição muito suscetível à ocorrência de incidentes e eventos adversos, possuindo alto nível de complexidade. Inserida no ambiente hospitalar, tem-se a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), que, de acordo com a RDC n° 7/2010, é uma “área crítica destinada à internação de pacientes graves, que requerem atenção profissional especializada de forma contínua, materiais específicos e tecnologias necessárias ao diagnóstico, monitorização e terapia”.
Ao comporem a equipe multiprofissional especializada das UTIs, os enfermeiros devem ser capacitados para prestar assistência aos pacientes com condições clínicas graves e demandas complexas. Deste modo, a partir do desenvolvimento do raciocínio crítico-reflexivo e de uma visão ampliada sobre a sua prática, focando não apenas nos aspectos assistenciais, mas também em gerenciais e educacionais, os enfermeiros possuem papel indispensável na manutenção e consolidação da cultura de segurança do paciente no contexto da terapia intensiva. Assim, avaliar a cultura de segurança do paciente dentro de uma instituição é fundamental para identificar pontos de fragilidade e traçar estratégias para a melhoria da assistência.
Desta maneira, este estudo justifica-se pelo fato de a cultura de segurança ser uma temática atual e de extrema relevância dentro do contexto da saúde. Demonstrar qual a percepção dos enfermeiros acerca da temática poderá promover um panorama das condições organizacionais de seguridade assistencial ao paciente crítico, fornecendo subsídios para melhor análise e compreensão acerca de padrões de comportamento individuais e coletivos que podem influenciar e impactar, de forma positiva ou negativa, o cuidado, viabilizando o aperfeiçoamento de processos, fluxos, bundles, robustecendo o enfoque em medidas preventivas, na notificação de eventos adversos e em educação permanente e continuada.
Isso posto, este estudo tem como objetivo mensurar a cultura de segurança do paciente na perspectiva dos enfermeiros de Unidades de Terapia Intensiva.
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