Passos e Descompassos no Processo de Cuidado aos Portadores de Tuberculose na Atenção Primária

13 de julho de 2020 por filipesoaresImprimir Imprimir

Realiza um diagnóstico da realidade situacional relativo ao acompanhamento de usuários com tuberculose e desenvolver oficinas educativas com foco nas vulnerabilidades detectadas no processo do cuidado.


Nas últimas duas décadas, o acesso ao tratamento para Tuberculose (TB) gerou significativa redução nos índices de mortalidade e incidência do agravo. No entanto, a TB permanece como importante problema de saúde mundial. Observando o cenário mundial, em 2013, estima-se que nove milhões de pessoas desenvolveram a doença e um milhão e meio delas morreram desse agravo.

Passos e Descompassos no Processo de Cuidado aos Portadores de Tuberculose na Atenção Primária

Passos e Descompassos no Processo de Cuidado aos Portadores de Tuberculose na Atenção Primária.

Tuberculose no Brasil

No Brasil, mesmo apresentando em 2013, a menor taxa de incidência da história (35/100.000 hab.), a TB continua na pauta de prioridades do Ministério da Saúde devido à presença de casos resistentes ao tratamento e do seu impacto social. Estima-se que, em 2015, cerca de 10,4 milhões de pessoas adoeceram por TB no mundo, com 1,4 milhão de mortes pela doença e notificou-se aproximadamente 69 mil casos novos, com 4,5 mil mortes. A TB é a terceira causa de morte por doença infecciosa na população geral e a primeira causa de morte entre as doenças infecciosas definidas nas pessoas que vivem com HIV/AIDS. Esta realidade levou à inclusão da TB entre as sete prioridades estabelecidas no Programa de Pesquisa e Desenvolvimento em Doenças Negligenciadas.

Evidencia-se, portanto, que ainda existem diversas fragilidades na organização dos serviços de saúde para a prestação de atendimento ao sintomático respiratório, principalmente na agilidade ao atendimento, suspeição e discussão da temática nos serviços de Atenção Primária à Saúde (APS).

Atenção Primária à Saúde

Nesse contexto, frente à relevância da APS, como coordenadora do cuidado e ordenadora das Redes de Atenção à Saúde (RAS) e pela sua capacidade instalada para realização de ações de controle da doença, compreende-se a importância de que as equipes se organizem adequadamente para acolher e identificar os possíveis casos na comunidade, e consequentemente, detectá-los precocemente a fim de se obter um controle mais efetivo.

Diante disso, este artigo tem por objetivo realizar um diagnóstico da realidade situacional relativo ao acompanhamento de usuários com TB, bem como desenvolver oficinas educativas, tendo como foco as vulnerabilidades detectadas no cuidado.

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