Reflete sobre o corpo do professor de Enfermagem no discurso da subjetividade e poder.
A iniciativa de refletir sobre o corpo do professor na formação de enfermeiros, invariavelmente, se encontra atrelada a elementos peculiares do humano, aquele que significa o processo de ensinar e aprender o ofício de cuidar. Esse debate, inerente à formação em saúde, coloca o professor em um campo de conhecimentos e de práticas desafiadoras para parar e pensar o corpo no discurso da subjetividade.
Um corpo que ao ensinar gera respostas nos estudantes de enfermagem e consequentemente passa ser analisado no interior das cenas de ensino além de seus músculos, peles e órgãos. Um corpo expressivo. Com sua história. Cultura. Um relicário de memórias que (re) age às diversas situações e ambientes em que transita e assim influencia os estudantes. Em maior ou menor intensidade, para aprender a aprender, aprender a ser, aprender a interagir, a compartilhar, a conviver e ao próprio fazer da profissão. Um corpo nômade-expressivo observado para além de sua dimensão biológica, ou seja, que desvela sua subjetividade para se inteirar e identificar, com os corpos dos aprendizes, ações de cuidar.
Portanto, como ponto chave deste ensaio reflexivo, a ideia de corpo integrado à figura do professor,
enfocado não apenas como elemento disparador de reflexões teorizantes, mas problematizador, que perpassa pela natureza dos afetos, produzidos no íntimo do processo de ensino-aprendizagem, sobretudo entre os protagonistas que ensinam e aprendem a profissão de enfermagem.
Os apontamentos, que aqui são realizados sobre os afetos nos processos de formação de enfermeiros. Dizem respeito aos encontros diários entre professores e estudantes. Capazes de produzir significativas mudanças nos estilos de conceber a vida e a profissão de enfermagem nos cenários do cuidado. Por esses motivos. As argumentações presentes neste ensaio são orientadas pelo presente objetivo: refletir
sobre o corpo do professor de enfermagem no discurso da subjetividade e poder.