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Análise do Fluxo de Valor no Processo de Alta de Uma Unidade de Terapia Intensiva
30 de janeiro de 2024 por filipesoares Imprimir
Realiza o mapeamento do fluxo de valor, propondo melhorias no processo de alta da unidade de terapia intensiva para unidade de internação.
Com o aumento da expectativa de vida da população mundial e os avanços da medicina, os cuidados de saúde estão ficando cada vez mais urgentes, caros, complexos e demandam competências gerenciais para melhor utilizar os poucos recursos que os sistemas de saúde dispõe. Para garantir que os recursos, sejam os financeiros, relacionados ao uso de materiais e equipamentos, ou alocação de pessoas, sejam utilizados da maneira adequada, ferramentas de melhoria de processos têm sido aplicadas como uma alternativa para tornar as atividades do sistema de saúde mais assertiva e produtiva. Umas dessas ferramentas é o Mapa de Fluxo de Valor (MFV).
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil.
Dentro os benefícios com a utilização desta ferramenta, a diminuição do retrabalho é um ganho para as instituições, principalmente as relacionadas a assistência à saúde. Os desperdícios podem estar relacionados à superprodução, espera (tempo sem trabalho), transporte ou movimentação desnecessária, processamento incorreto, excesso de estoque, movimento desnecessário, defeitos e desperdício da criatividade dos funcionários.
Melhorias se tornam necessárias dentro do ambiente hospitalar, principalmente nos locais onde a assistência é mais complexa e com maior custo, como unidades de cuidados intensivos e centro cirúrgico. Em uma unidade de terapia intensiva (
UTI), o custo da manutenção dos pacientes internados é bem elevado, fazendo com que a falta de qualidade e padronização dos processos, tragam prejuízo para as instituições. Dentro os processos assistenciais nas unidades críticas, o processo de alta merece destaque por tratar-se de algo tratar-se de algo rotineiro, complexo, que envolve equipe multiprofissional, atendimento a critérios definidos e devem assegurar padrões de qualidade e segurança, que é uma importante transição do cuidado.
Processo de Alta
A alta da UTI deve ser programada a partir da internação do paciente nesta unidade e assim que o paciente não necessite mais do suporte intensivo, deve ser transferido para um local de assistência menos complexa. Manter um paciente dentro desse ambiente, sem uma real necessidade pode acarretar um custo desnecessário para a instituição, uma vez que ele utilizará materiais, equipamentos e recursos humanos mais elevados. Além disso, existe o bloqueio do fluxo de admissão de pacientes que de fato requeiram este tipo de cuidado, especialmente para os que aguardam em unidades de pronto-atendimento e recuperação anestésica de instituições com limitações de leitos de UTI.
Com isso, o MFV, uma ferramenta utilizada para mapear pontos críticos e analisar o valor das diversas fases do processo, conseguirá caracterizar as etapas que podem influenciar na perda da qualidade. Estudos utilizando esta ferramenta, que teve sua origem na manufatura, ainda são uma lacuna na literatura nacional, principalmente nos cenários de assistência à saúde.
Ao realizar o mapeamento da análise de valor do processo de alta do paciente da UTI para a unidade de internação (UI), poderão ser evidenciadas etapas que não agregam valor ao cliente (paciente e instituição de saúde) aspectos se estudados, contribuem para melhorias no processo. Assim, tem-se como objetivo deste trabalho realizar o mapeamento do fluxo de valor propondo melhorias no processo de alta da UTI para UI.