Vivências e Autonomia de Enfermeiras de Uma Unidade de Pronto Atendimento em Tempo de Pandemia

17 de setembro de 2020 por filipesoaresImprimir Imprimir

Experiência de enfrentamento e mudança às demandas de enfermeiras atuantes em uma UPA 24 horas que se consolidou como unidade de referência para triagem de pacientes acometidos pela Covid-19.


No Brasil o primeiro caso da COVID-19 foi confirmado em 25 de fevereiro de 2020, pelo Ministério da Saúde(MS) brasileiro. Este cenário evidenciou a necessidade de demonstrar capacidade rápida de resposta da rede de saúde, principalmente no que condiz à identificação precoce dos casos, bem como a disponibilidade do acesso aos serviços de maior complexidade. Vários fatores implicam nessa resposta, como medidas de distanciamento social, isolamento adequado e controle de infecções, e as decisões tomadas por cada país irão refletir no número de casos e um provável colapso do sistema de saúde.

Vivências e Autonomia de Enfermeiras de Uma Unidade de Pronto Atendimento em Tempo de Pandemia

Vivências e Autonomia de Enfermeiras de Uma Unidade de Pronto Atendimento em Tempo de Pandemia.

Outro fator importante é que todas as idades estão suscetíveis, embora acometa com maior gravidade os idosos e aqueles que sofrem com comorbidades. Além disso, sua transmissão se dá por gotículas geradas durante a tosse ou espirros de pacientes sintomáticos e também dos assintomáticos, que se espalham de um a dois metros e se depositam nas superfícies e podem permanecer viáveis por dias. A infecção é adquirida pela inalação dessas gotículas ou pelo contato com superfícies contaminadas por elas e depois pelo nariz, boca e olhos. Considerando a facilidade da transmissão, este é um cenário que expõe o desafio à infraestrutura econômica e de saúde pública.

Triagem de pacientes

A própria OMS lançou ainda em março de 2020 um programa com as quatro estratégias que considera as mais relevantes para serem adotadas nesse momento, especificadas como: estar preparado e pronto; detectar, prevenir e tratar; reduzir e suprimir; inovar e improvisar. Essas são as estratégias que deverão ser incentivadas e praticadas pelos enfermeiros responsáveis pelos atendimentos de todos os níveis de assistência, mas que tem apelo maior ainda quando se pensa nos serviços de urgência e emergência que lidam diretamente com pessoas contaminadas pela COVID-19. Embora o objetivo em todos os países seja suprimir a transmissão e cuidar de todos os pacientes, a intensidade de implementação de medidas de controle para alcançar esse objetivo varia de acordo com o cenário de transmissão de cada país, estado e município, além dos recursos de saúde disponíveis.

Nessa perspectiva, este artigo tem por objetivo descrever a experiência de enfermeiras no enfrentamento e mudança às demandas geradas pela pandemia em uma Unidade de Pronto Atendimento 24 horas (UPA 24h) que se consolidou como unidade de referência para triagem de pacientes acometidos pela COVID-19.

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