Visita Virtual Familiar a Pacientes Com Covid-19 Em Unidade de Terapia Intensiva: Alternativa Tecnológica

4 de dezembro de 2024 por filipesoaresImprimir Imprimir

Identifica as principais tecnologias utilizadas pelos profissionais da saúde, para aproximar familiares dos pacientes acometidos pelo coronavírus internados na Unidade de Terapia Intensiva.


A proximidade do familiar no contexto hospitalar é vista por especialistas na área da saúde como um fator-chave na qualidade e na segurança dos cuidados de saúde, pois tende a diminuir falhas ou erros na comunicação entre profissionais e famílias e aumentar a confiança dos envolvidos, durante o tratamento do paciente.

Influência do Sexo no Estilo de Vida, Saúde e Utilização de Serviços Médicos Em Hospitalizados

Foto: Divulgação.

Além disso, estudos comprovam que a presença do familiar em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), diminui a ansiedade do paciente, melhora os perfis hormonais e reduz complicações cardiovasculares. Promove o bem-estar cognitivo, bem como melhora a frequência cardíaca e respiratória, aumentando consequentemente a saturação periférica de oxigênio, e corroborando para a melhora do paciente.

No entanto, com a descoberta do covid-19, um vírus potencialmente grave e de elevada transmissibilidade, capaz de ocasionar sintomas leves a moderados semelhantes a uma gripe, mas que em outros casos, pode causar sintomas graves sendo necessário suporte respiratório e internação em UTI, levou a restrição das visitas presenciais e abertas à família na UTI, tal como, em todo contexto hospitalar a partir de março de 2020, após publicação do decreto da Organização Mundial da Saúde, declarando estado de pandemia.

Esta mudança fez-se necessária, a fim de combater a disseminação do vírus e minimizar o contágio entre a população, sendo uma das medidas de proteção impostas, o distanciamento social. A nova realidade trouxe inúmeros desafios, tanto para os profissionais da saúde, quanto para pacientes e seus familiares.

Para os pacientes, os desafios frente a uma internação em UTI já eram grandes mesmo antes do período pandêmico, como restrição ao leito, alimentação diferenciada dos hábitos diários, vergonha da exposição do corpo durante momentos de higiene e/ou hábitos intestinais, ruído e iluminação constante, comunicação prejudicada em casos de pacientes traqueostomizados e/ou desorientados.

Com a covid-19, além das dificuldades e desafios citados, soma-se o isolamento social excepcional, onde as visitas presenciais foram temporariamente suspensas, contribuindo ainda mais para o estresse agudo, ansiedade e sintomas de depressão dos pacientes, levando muitos a desenvolverem delirium, dificultando o desmame de ventilação mecânica e aumentando a necessidade de sedação contínua.

Quanto aos familiares, estes também apresentam sentimentos de estresse e instabilidade familiar ao saber que seu ente querido está em um leito de UTI ou necessita de um. Com as restrições impostas pela pandemia, o ônus tornou-se maior, haja vista a ausência de visitas presenciais, o boletim médico realizado por telefone, e o contato reduzido da família com a equipe assistencial.

Numa tentativa de reduzir o distanciamento entre pacientes e seus familiares, as instituições começaram a utilizar a tecnologia em prol da aproximação de pacientes e seus familiares.

Diante do exposto, tendo em vista a situação pandêmica da covid-19, esta pesquisa teve como objetivo identificar as principais tecnologias utilizadas pelos profissionais da saúde, para aproximar familiares dos pacientes acometidos pelo coronavírus internados na Unidade de Terapia Intensiva.

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