Cuidados de Enfermagem Com Drenos e Cateteres

9 de junho de 2020 por filipesoaresImprimir Imprimir


Palestra de Adriane Faresin sobre cuidados de Enfermagem com drenos e cateteres.

Desde antes de Cristo, já havia uma necessidade de drenagem de secreções de dentro do corpo. A drenagem era feita de uma forma rústica. E aí a gente começa ter um pouquinho do conceito cirúrgico de ter necessidade de abrir o corpo humano drenar alguma secreção do corpo humano. Quando eu venho para o século 19 drenar só não basta e muitas vezes nem é necessário que essa drenagem aconteça, então nós tivemos aí aperfeiçoamento técnica cirúrgica.

Nós tivemos a questão da esterilização dos materiais que contribuiu muito porque aí eu reduzo carga de bactéria, mas nós temos agora o trabalho com a questão do tempo de fechamento de ferida operatória. Então não é só drenar e deixar aberto, tem culturas que podem ser feitas em uma cicatrização por primeira intenção e eu tenho introdução do antibiótico que vai tratar, vai reduzir a carga microbiana de forma sistêmica. Então começa a se pensar se realmente é necessário drenar tudo ou será que eu não posso tratar com antibiótico?

Eu preciso de uma via de acesso para alguma função, seja drenagem ou seja a administração de um medicamento de uma dieta.

Dreno de longa permanência também é um cateter que fixa por cirurgia e que faz essa função de alimentação e hidratação medicação e pode servir para drenagem. Substituição do cateter, conforme protocolo, pode ser realizada pelo enfermeiro.

Drenos e Cateteres

Recomendações para cateteres periféricos

Seleção do cateter e sítio de inserção

  • Selecionar o cateter periférico com base no objetivo pretendido. Na duração da terapia. Na viscosidade do fluido. Nos componentes do fluido e nas condições de acesso venoso.
  • Não use cateteres periféricos para infusão contínua de produtos vesicantes, para nutrição parenteral com mais de 10% de dextrose ou outros aditivos que resultem em osmolaridade final acima de 900 mOsm/L, ou para qualquer solução com osmolaridade acima de 900 mOsm/L.
  • Para atender à necessidade da terapia intravenosa devem ser selecionados cateteres de menor calibre e comprimento de cânula. Cateteres com menor calibre causam menos flebite mecânica (irritação da parede da veia pela cânula) e menor obstrução do fluxo sanguíneo dentro do vaso. Um bom fluxo sanguíneo, por sua vez, ajuda na distribuição dos medicamentos administrados e reduz o risco de flebite química (irritação da parede da veia por produtos químicos).
  • Agulha de aço só deve ser utilizada para coleta de amostra sanguínea e administração de medicamento em dose única, sem manter o dispositivo no sítio.

Flushing e manutenção do cateter periférico

  • Realizar o flushing e aspiração para verificar o retorno de sangue antes de cada infusão para garantir o funcionamento do cateter e prevenir complicações.
  • Realizar o flushing antes de cada administração para prevenir a mistura de medicamentos incompatíveis.
  • Utilizar frascos de dose única ou seringas preenchidas comercialmente disponíveis para a prática de flushing e lock do cateter. Seringas preenchidas podem reduzir o risco de ICSRC e otimizam o tempo da equipe assistencial. Não utilizar soluções em grandes volumes (como, por exemplo, bags e frascos de soro) como fonte para obter soluções para flushing.
  • Utilizar solução de cloreto de sódio 0,9% isenta de conservantes para flushing e lock dos cateteres periféricos. Usar o volume mínimo equivalente a duas vezes o lúmen interno do cateter mais a extensão para flushing. Assim como os volumes maiores (como 5 ml para periféricos e 10 ml para cateteres centrais) podem reduzir depósitos de fibrina, drogas precipitadas e outros debris do lúmen. No entanto, alguns fatores devem ser considerados na escolha do volume, como tipo e tamanho do cateter, idade do paciente, restrição hídrica e tipo de terapia infusional. Infusões de hemoderivados, nutrição parenteral, contrastes e outras soluções viscosas podem requerer volumes maiores. Não utilizar água estéril para realização do flushing e lock dos cateteres.

Remoção do cateter

  • A avaliação de necessidade de permanência do cateter deve ser diária.
  • Remover o cateter periférico tão logo não haja medicamentos endovenosos prescritos se caso nesse meio tempo o mesmo não tenha sido utilizado nas últimas 24 horas.
  • O cateter periférico instalado em situação de emergência com comprometimento da técnica asséptica deve ser trocado por conseguinte tão logo quanto possível.
  • Remover por fim, o cateter periférico na suspeita de contaminação, complicações ou mau funcionamento.
  • Rotineiramente o cateter periférico não deve ser trocado logo após um período inferior a 96 h. A decisão de estender a frequência de troca para prazos superiores ou quando clinicamente indicado dependerá da adesão da instituição às boas práticas recomendadas nesse documento, em conclusão: avaliação rotineira e frequente das condições do paciente, sítio de inserção, integridade da pele e do vaso, duração e tipo de terapia prescrita, local de atendimento, integridade e permeabilidade do dispositivo, integridade da cobertura estéril e estabilização estéril.
  • Em contraste com pacientes neonatais e pediátricos, não trocar o cateter rotineiramente. Além disso, é imprescindível que os serviços garantam as boas práticas recomendadas neste documento, tais como: avaliação rotineira e frequente das condições do paciente, sítio de inserção, integridade da pele e do vaso, duração e tipo de terapia prescrita, local de atendimento, integridade e permeabilidade do dispositivo, integridade da cobertura estéril e por fim estabilização estéril