Identifica nas produções científicas como o manejo das Bombas de Infusão pela equipe de Enfermagem impacta na segurança do paciente nas Unidades de Terapia Intensiva.
A segurança do paciente pode ser definida como o ato de evitar, prevenir e melhorar os resultados adversos associados aos cuidados em saúde, usando métodos baseados em evidências. É um dos assuntos prioritários na área da saúde, devido ao elevado potencial para ocorrência de acidentes, erros e/ou eventos adversos (EA).
Dentre os recursos tecnológicos disponíveis neste cenário de alta complexidade, há as Bombas de Infusão (BI), que, segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), consiste em “um equipamento que se destina à regulação do fluxo de líquidos administrados ao paciente, sob pressão positiva gerada pela bomba, necessária para maior segurança de infusão de drogas dentro de padrões desejados de dosagem, volume e tempo”.
Nessa perspectiva, é possível destacar sua utilização na administração de medicamentos, sendo estes rotineiramente utilizados no contexto hospitalar, considerando suas diversas indicações. Em média, 80% dos pacientes hospitalizados recebem terapia por infusão, sendo esta média ainda maior na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). No entanto, seu uso oferece riscos, especialmente quando não utilizados da maneira adequada.
Para tanto, surgiu-se o termo denominado “usabilidade”, referindo-se a capacidade de um equipamento ser facilmente utilizado, ou seja, pode ser compreendido como característica do fator humano relacionada à facilidade de uso, efetividade, eficiência e satisfação do profissional, sendo uma preocupação efetiva dos profissionais devido ao controle de risco relacionado aos equipamentos. Nas UTIs além das bombas de infusão convencionais, utilizam-se as bombas inteligentes ou “smart pumps”, que são equipamentos eletrônicos de infusão projetados para reduzir erros humanos durante sua programação. Representam uma transformação nos equipamentos médicos podendo prevenir a ocorrência de erros na administração de medicamentos, principalmente por via intravenosa, aumentando a segurança do paciente e a eficiência do cuidado de enfermagem.
A “smart pump” é uma bomba convencional que incorpora programas de software com sistemas de redução de erro de dose (Dose Error Reduction System – DERS) e bibliotecas de fármacos/drogas/medicamentos, que constitui um conjunto de medicamentos incorporados às bombas, e para cada uma delas se estabelece uma série de parâmetros, como: unidades de dose, concentrações padrões, doses máximas e mínimas; e vazões de infusão.
Para cada fármaco da biblioteca se define os chamados limites relativos, que alertam quando a dose máxima é excedida, e os absolutos, que impedem que o usuário administre uma dose que esteja fora do intervalo predeterminado. Diante destes limites pré-estabelecidos, há uma maior redução na probabilidade de ocorrência de erros na programação e administração de medicamentos em BI.
Cabe destacar que a Enfermagem é a categoria que mais manipula as BI, e, consequentemente é apontada como a que tem maior capacidade de interceptar quando ocorrem erros. Entrementes, não há como garantir que nenhum erro com consequências adversas não aconteça, já que a programação destes dispositivos depende da intervenção humana.
Portanto, o presente estudo teve como objetivo: Identificar nas produções científicas como a usabilidade das Bombas de Infusão pela equipe de enfermagem impacta na segurança do paciente nas Unidades de Terapia Intensiva.