A dengue é considerada um dos principais problemas de saúde pública, juntamente com o zika vírus e a febre chinkungunya. A melhor maneira de combater essas doenças é eliminando os focos do mosquito Aedes aegypti. Assim, as tecnologias educacionais surgem como estratégias dialógicas para fomentar a adoção de atitudes saudáveis.

Este estudo teve como objetivo geral: validar junto ao público- alvo (crianças, adolescentes e adultos) uma cartilha para prevenção da dengue, a fim de torná-la uma Tecnologia Educacional. E como objetivos específicos: analisar as respostas do público- alvo no que tange a validação de aparência; analisar os comentários/sugestões do público- alvo, reavaliar a cartilha e construir a versão final.

Pesquisa de desenvolvimento metodológico com abordagem quanti- qualitativa. Na etapa quantitativa, participaram 217 pessoas, por meio de um instrumento organizado em: objetivos; estrutura; organização e aparência da cartilha. Na etapa qualitativa, foram realizadas 14 entrevistas semiestruturadas gravadas, analisadas e interpretadas por meio da Análise de Conteúdo de Bardin. Foram respeitados os aspectos éticos de pesquisa com seres humanos, pontuados na Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde. Os itens foram considerados válidos, pois atingiram médias de concordância acima de 0,80. Contudo, foram realizadas alterações de acordo com as sugestões dos instrumentos e das entrevistas, a fim de aprimorá-la. O item referente à cartilha ser adequada à população adulta não atingiu a média de 0,80, porém, de acordo com informações emergidas nas entrevistas, ratificou-se a validade deste item. Conclui-se que a cartilha é uma Tecnologia Educacional válida para ser transferida às crianças, aos adolescentes e aos adultos.