Caminhos da Saúde Pública no Brasil

9 de março de 2020 por filipesoaresImprimir Imprimir

Esta obra é uma celebração do centenário da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) no Brasil.


Caminhos da Saúde Pública no Brasil aborda como o país foi capaz de incorporar, na organização de seus programas de saúde, os elementos teórico-conceituais emergentes que sustentaram a evolução de seus paradigmas da saúde, considerando os diferentes momentos de seu desenvolvimento social, político e econômico. Mostra ainda como esses estágios de desenvolvimento, nacional e regional, influíram, por sua vez, na formulação e na transformação das políticas e programas de saúde. Desde os estágios iniciais, dominados por um modelo de produção orientado à exportação de matérias-primas de origem agrícola, passando pela expansão urbano-industrial, até o momento atual, em que o Brasil luta por definir seu espaço como protagonista em um mundo de crescente globalização e interdependência.

Saúde pública

Saúde publica no Brasil

Bastaria um exame superficial dos principais indicadores de saúde para reconhecer que, ao longo do período em estudo, o Brasil fez progressos significativos. A população total passou de aproximadamente 20 milhões de habitantes, em princípios do século XX, para mais de 170 milhões, cem anos depois. Á mortalidade infantil, estimada para inícios do século XX em aproximadamente 190 por mil nascidos-vivos, é agora de 29,8, como valor médio nacional. A mortalidade por enfermidades infecto-contagiosas passou de 45,7% do total de óbitos, em 1930, para 5,9%, em 1999, e a expectativa de vida mais que duplicou no século XX, passando de 33,7 anos, em 1900, para 68,6 anos, em 2000.

Assim como o Brasil fez avanços importantes em matéria de saúde. Também é evidente a persistência de inegáveis problemas estruturais, que determinam profundas desigualdades sociais, incluídas aí as de saúde. Embora a mortalidade infantil tenha sido drasticamente reduzida nos últimos decênios. As diferenças inter-regionais mostram hoje que, nos estados da região Sul, com melhores condições de vida, a taxa é de 19,7 por mil nascidos-vivos. Contra 44,2 na região Nordeste, onde persistem maiores níveis de pobreza. Tal situação não é particular do Brasil. Pois, em todos os países em desenvolvimento, constatam-se diversos graus de iniquidade quanto ao acesso, à qualidade e aos resultados dos diferentes programas de saúde.

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