3 de novembro de 2021 por filipesoares
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Compreende as representações sociais dos enfermeiros sobre a educação permanente direcionada aos agentes comunitários de saúde nas ações de combate ao tabagismo.
O processo de industrialização proporcionou uma produção em larga escala dos produtos à base de tabaco e, com o passar dos anos, as indústrias utilizaram o artificio das propagandas, sejam elas televisivas ou impressas, para alavancar a comercialização desses produtos, principalmente, dos cigarros.
Representações dos Enfermeiros Sobre a Educação Permanente Para Cessação do Tabagismo Direcionado Aos Agentes Comunitários. Foto: Divulgação
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o tabagismo é considerado a principal causa de morte evitável no mundo, sendo apontado pela Classificação Internacional de Doenças 10 como (CID-10: F17.2).
O seu uso contribui para que se desenvolvam diversas doenças, tornando-se de extrema importância que ocorra ações em prol da cessação do hábito de fumar. Diante desse cenário, o Ministério da Saúde juntamente com o Instituto Nacional do Câncer em 1989, criam o Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT), que tem por objetivos desenvolver ações diversificadas, buscando a redução da prevalência de fumantes no país.
Segundo pesquisadores nacionais, a Atenção Primária à Saúde (APS) se configura como sendo o nível de atenção mais propicio para a realização as ações em prol da cessação do hábito de fumar. No decorrer dos anos, esta sofre algumas modificações e surge a Estratégia Saúde da família (ESF) focada na prevenção de doenças e promoção da saúde.
No âmbito da ESF tem-se a implantação do programa de agentes comunitários de saúde (PACS), que objetiva proporcionar a prevenção de doenças por meio de informações e orientações.
As ações realizadas no PACS são de competência dos Agentes comunitários de Saúde (ACS), que são profissionais moradores na comunidade atendida pela UBS e que envolve a realização de diagnóstico, mapeamento e identificação das micro áreas de risco com a finalidade de auxiliar o planejamento e execução das ações, que serão realizadas pelos demais profissionais da APS, após o conhecimento e levantamento das necessidades de cada área.
Neste cenário, após as modificações que perpassaram a APS, surge em 2004 a criação da Educação Permanente em Saúde, visando à melhoria da formação e desenvolvimento dos profissionais, para que estes estejam capacitados para o desenvolvimento de suas funções.
As ações desenvolvidas pelo ACS estão interligadas com o Enfermeiro da ESF e dentre as funções preconizadas pela Lei do exercício profissional de enfermagem e o plano nacional da atenção básica (PNAB), tem-se a Educação Permanente.
Assim, com a implantação do PACS no âmbito da ESF, observa-se melhorias no processo de trabalho dentro da APS, sendo o ACS considerado o elo com a comunidade, facilitando a relação usuário-equipe. Porém, no que tange a formação destes profissionais, inicialmente são passadas informações básicas, que ao longo do executar de suas funções vão sendo aprimoradas.
Nesse sentido, ao se pensar nos malefícios do tabaco, nas funções que o ACS exerce e ainda na desarticulação de um conhecimento técnico-cientifico na sua formação, é essencial que se capacite estes profissionais de formas adequadas, sendo a implantação da educação permanente no trabalho um meio para que se minimizem os problemas advindos da defasagem da formação.
Portanto, o estudo tem como objetivo compreender as Representações Sociais dos enfermeiros sobre a educação permanente direcionada aos agentes comunitários de saúde nas ações de combate ao tabagismo.
