Avalia a qualidade de vida de pessoas com diabetes mellitus seis meses após o término da participação em programa educativo.
O Diabetes Mellitus (DM) é uma doença crônica que apresenta elevada e crescente prevalência e morbimortalidade associada. No mundo, estima-se que quase 500 milhões de pessoas vivem com a doença, com aumento esperado de 51% até 2045. Entre os 10 países com maior número de pessoas com DM na faixa etária de 20 a 79 anos, o Brasil ocupou o quinto lugar no ranking em 2019, com estimativa de que em 2040 mantenha-se na mesma colocação. De acordo com dados do DATASUS a região nordeste do Brasil foi a segunda com maior número de óbitos por DM em 2019, 20.656, de um total de 66.710, superada apenas pela região sudeste, com 25.904 óbitos pela mesma causa.
A longo prazo o DM pode desencadear complicações micro e macrovasculares, como doença coronariana, cerebrovascular, retinopatia, nefropatia e doença arterial periférica. Além das complicações crônicas, o DM interfere na vida, tendo em vista as mudanças impostas nos hábitos de vida, o potencial de causar isolamento social, dificuldade de aceitação da doença e sofrimento psíquico desencadeado pelo diagnóstico e complicações.
Todo esse contexto que envolve a doença e o tratamento pode afetar negativamente a qualidade de vida (QV) da pessoa com DM, considerando-a como a compreensão que cada um tem de sua posição na vida, seu contexto cultural, sistema de valores ao qual pertence, objetivos de vida, expectativas, padrões e percepções.
Por outro lado, estudos demonstram que programas educativos podem promover aumento do conhecimento sobre o DM, melhorar o autogerenciamento, resposta emocional, aceitação frente a doença, melhorar a percepção da QV de pessoas com risco de desenvolver DM ou que já desenvolveram, contribuindo, assim, para a redução das complicações agudas e crônicas.
Considerando a realidade que envolve a pessoa com DM e a importância da educação em saúde para a promoção do autocuidado e, por conseguinte, para melhora da QV, o presente estudo teve como objetivo avaliar a QV de pessoas com DM seis meses após o término da participação em programa educativo.