Prevenção de Erros Relacionados Ao Uso de Dispositivos Inalatórios Em Pacientes Com Doença Respiratória Crônica

20 de julho de 2022 por filipesoaresImprimir Imprimir

As doenças respiratórias crônicas estão entre as principais causas de morte e incapacidades em todo o mundo.


As doenças respiratórias crônicas, representadas principalmente pela asma e pela doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), estão entre as principais causas de morte e incapacidades em todo o mundo. A exposição ao tabaco, a poluição ambiental e doméstica, e a exposição ocupacional a produtos químicos são os principais fatores de risco para as doenças respiratórias crônicas no mundo. Ao longo dos últimos anos, observa-se a redução da taxa de internação e mortalidade nesse grupo de doenças no Brasil, mas o país ainda está entre os dez países da América com proporções mais elevadas de óbitos por essas causas (37 mortes a cada 100 mil habitantes) e apresenta baixas taxas de controle e adesão ao tratamento prescrito.

Prevenção de Erros Relacionados Ao Uso de Dispositivos Inalatórios Em Pacientes Com Doença Respiratória Crônica

Por tais razões, as doenças respiratórias crônicas estão incluídas no Plano de Ação da OMS para a prevenção e controle de doenças crônicas não transmissíveis e na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas para o desenvolvimento sustentável. Além disso, entre as principais recomendações apresentadas no Fórum das Sociedades Respiratórias Internacionais em 2021 está a necessidade de educar e treinar profissionais de saúde para que possam prestar o melhor cuidado aos pacientes com doenças respiratórias.

O tratamento medicamentoso da asma e da DPOC tem por objetivos prevenir, controlar e tratar os sinais e sintomas respiratórios e envolve, sobretudo, o uso de broncodilatadores de curta (ex.: salbutamol, fenoterol e ipratrópio) e de longa ação (ex.: salmeterol, formoterol e tiotrópio), e antiinflamatórios corticosteroides (ex.: beclometasona, fluticasona e budesonida) por via inalatória. A administração dos medicamentos por meio de dispositivos inalatórios permite a ação local mais rápida no trato respiratório e com maior segurança quando comparada à administração por via oral, que pode causar efeitos adversos de forma mais frequente.

Por outro lado, para que o fármaco chegue às estruturas pulmonares em uma concentração adequada, é necessário que a administração do medicamento seja realizada seguindo a técnica correta, o que é desafiador para pacientes, cuidadores e profissionais de saúde. Nos últimos anos, em decorrência da incorporação de novas tecnologias, uma grande variedade de dispositivos inalatórios foi introduzida no mercado.

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