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Percepção da Sobrecarga de Trabalho da Equipe de Enfermagem de Um Setor de Urgência Hospitalar

3 de dezembro de 2025 por filipesoaresImprimir Imprimir

Sobrecarga de Trabalho na Enfermagem: o que um estudo revelou sobre a rotina no pronto-socorro.


Um estudo recente trouxe à tona dados importantes sobre a sobrecarga de trabalho entre profissionais de enfermagem que atuam no pronto-socorro — um ambiente já conhecido pela alta demanda e ritmo intenso. O objetivo da pesquisa foi entender melhor quais fatores de trabalho, hábitos de vida e características sociodemográficas estão relacionados a esse excesso de carga física e emocional.

Como o estudo foi feito?
A pesquisa teve caráter quantitativo e analisou 120 profissionais de enfermagem. Para entender as relações entre as variáveis estudadas, foram utilizados testes estatísticos como o Qui-quadrado de Pearson e a correlação de Spearman, considerando um nível de significância de 5%.

Quem participou?
A média de idade foi de 42,4 anos, com predominância do sexo feminino (75%). A maioria dos profissionais era composta por técnicos de enfermagem (56,7%), atuava no turno diurno (56,7%) e realizava plantões extras mensais (70,8%).

O que os resultados mostram?
Os números chamam atenção: 70,2% dos participantes apresentaram um nível considerado intolerável de sobrecarga de trabalho. Entre os fatores que mais pesaram, dois se destacaram:

  • Demanda física

  • Nível de frustração

Esses domínios apresentaram diferenças significativas entre as categorias profissionais, sendo mais intensos entre os auxiliares de enfermagem.

Além disso, três fatores tiveram correlação direta com níveis mais altos de sobrecarga:

  • Tempo de atuação no pronto-socorro

  • Quantidade de plantões extras por mês

  • Renda familiar

Por que isso importa?
As conclusões apontam para uma realidade preocupante: grande parte dos profissionais de enfermagem está trabalhando sob condições que ultrapassam limites saudáveis. O destaque para os auxiliares de enfermagem reforça a necessidade de políticas específicas de apoio e redistribuição de cargas dentro das equipes.

Este tipo de análise é fundamental para estimular mudanças nos ambientes de trabalho, promover saúde ocupacional e garantir que quem cuida também seja cuidado.

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