Avalia medidas aplicadas pela Enfermagem para prevenir Lesões Por Pressão em pacientes de uma unidade de terapia intensiva pediátrica, antes e após treinamento.
Uma das consequências mais comuns, resultante da longa permanência dos pacientes em hospitais, é o aparecimento de alterações de pele. As lesões por pressão (LPP) têm sido alvo de grande preocupação para os serviços de saúde, causando impacto para os pacientes, seus familiares e para o sistema de saúde; com o prolongamento de internações, riscos de infecção e outros agravos, representando uma das maiores complicações que acometem os pacientes críticos hospitalizados, além de ser um tratamento que ocupa o terceiro lugar nos gastos da saúde.
Entende-se por LPP lesões localizadas na pele e/ou tecidos moles subjacente, sobre uma proeminência óssea, resultantes da pressão ou da combinação entre pressão e cisalhamento em uma superfície, causado pela fricção.
De acordo com National Pressure Ulcer Advisory Panel (NPUAP), as LPP são classificadas em estágios de I a IV, que representa a profundidade das lesões e ainda existem as lesões não classificáveis, como as lesões tissulares profundas; lesões relacionadas ao uso de dispositivo médico e lesões em membranas mucosas.
As LPP são consideradas um grave problema de saúde pública mundial, sendo um evento adverso multifatorial, ou seja, um problema evitável e de difícil controle; logo, os profissionais e estabelecimentos de saúde podem ser responsabilizados pelo seu surgimento.
A presença de LPP está associada negativamente à qualidade do cuidado, sendo considerada como um indicador revelador da má qualidade dos cuidados prestados; no entanto, esse é um problema multifatorial, que inclui fatores extrínsecos, relativos à exposição física do paciente, como o uso de sedativos, pacientes internados em longo período de tempo e imobilização física e em fatores intrínsecos, inerentes à sua condição clínica, como alterações hemodinâmicas, anemia, desnutrição, diminuição do nível de consciência, alterações nutricionais, incontinência urinária e/ou fecal e extremos de idade.
As ações de prevenção das LPP geram impactos econômicos importantes. Por outro lado, a ocorrência de LPP pode demandar, maiores gastos, investimento de tempo e trabalho da equipe, além de gerar processos judiciais tanto para os profissionais responsáveis pelo cuidado, quanto para as instituições de saúde.
Apesar da dificuldade e das repetitivas tentativas de se abordar o assunto com os profissionais, a problematização referente às lesões é mais correlacionada aos adultos. Na pediatria, esta realidade não é tão reconhecida, fato que é considerado um dos fatores que contribuem para o risco que a crianças estão sujeitas.
Frente a isso o presente estudo teve como objetivo avaliar as medidas aplicadas para prevenir o aparecimento de Lesão por pressão em pacientes de uma unidade de terapia intensiva pediátrica, antes e após treinamento aplicado.