Fatores de Risco para Doenças Crônicas Não-transmissíveis Em Moradores no Entorno de Áreas Alagadas

7 de maio de 2024 por filipesoaresImprimir Imprimir

Conhece os principais fatores que acarretam em doenças crônicas não transmissíveis na população no entorno da área alagada em um bairro na periferia do município de Macapá, AP.


As elevadas taxas de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) são reflexos do envelhecimento populacional e dos maus hábitos de vida do homem do século XXI, sendo como consequência, o grande número de óbitos, principalmente entre a população idosa, e a queda precoce e significativa da qualidade de vida de seus portadores.

Foto: Portal Governo do Amapá.

O presente estudo objetivou conhecer os principais fatores que acarretam em DCNT na população no entorno da área alagada em um bairro na periferia do município de Macapá, Estado do Amapá.

Foram realizados através da aferição de pressão arterial (PA), coleta de índice glicêmico e de medidas antropométricas (peso, altura e circunferência abdominal). Todos os parâmetros para a análise das amostras seguiram as recomendações de órgãos de referência, como a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade (ABESO), Organização Mundial da Saúde (OMS), Associação Brasileira de Cardiologia e Federação Internacional de Diabetes. A análise das amostras coletadas em conjunto com o questionário semiestruturados e padronizado aplicado possibilitaram o reconhecimento de fatores de risco para obesidade, hipertensão arterial (HAS) e Diabetes Mellitos (DM). Este estudo entrevistou 128 indivíduos e revelou que, grande parte das amostras possuía fatores de risco, como consumo de refrigerante (78,12%), frituras (63,3%) e ausência de prática de exercícios físicos (58,6%), que induz o risco para o desenvolvimento de obesidade 53,12%, HAS 20,31% e DM 4,68%. Com relação aos dados sociodemográficos, o estudo demostrou uma baixa escolaridade 33,6% com ensino fundamental incompleto, renda familiar de 85,1% menor que um salário mínimo, situação da residência 65,7% reside em área alagada e de vulnerabilidade, idade acima de 31 anos 66,1% e a autoavaliação sobre o estado de saúde 60,9%, se autoavaliaram sua saúde como regular.

Os resultados deste estudo exemplificam com coerência o que as pesquisas em saúde no município de Macapá atestaram sobre o cenário de DCNT em seus habitantes. Visto a relevância deste assunto, o presente artigo estima contribuir como indicador que possibilitam a queda da morbimortalidade por DCNT em populações econômica e socialmente carentes.

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