A Família Mediante Hospitalizações em Unidade de Terapia Intensiva

30 de junho de 2021 por filipesoaresImprimir Imprimir

Compreende a experiência de uma família que vivenciou internações em UTI.


Historicamente, o modelo de atenção à saúde de cuidados ao paciente crítico na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) teve seus primórdios com Florence Nightingale, no Século XIX na Guerra da Crimeia, se baseou nos conceitos de triagem e vigilância contínua, ao separar os doentes mais graves como fator determinante no processo de cuidar.

A Família Mediante Hospitalizações em Unidade de Terapia Intensiva

A Família Mediante Hospitalizações em Unidade de Terapia Intensiva. Foto: Divulgação

A primeira UTI foi criada em 1926 em Boston, Estados Unidos, ao passo que no Brasil, foram instaladas na década de 70, com a finalidade de assistir pacientes graves e instáveis, requerendo a disponibilidade de estrutura própria, com provisão de aparato tecnológico para monitorização continua e suporte das funções vitais, o que requer recursos humanos qualificados para o desenvolvimento da assistência com segurança.

A UTI é caracterizada como um dos setores hospitalares destinados a assistência especializada de pacientes graves e descompensados, uma vez que estes se encontram ameaçados por doenças ou condições clínicas que causam instabilidade. Ademais a UTI é uma unidade em que
o risco de morte é frequente, onde há um grande número de procedimentos invasivos.

Hospitalizações em Unidade de Terapia Intensiva

Devido à complexidade das ações e dos procedimentos envolvidos nesse ambiente, as UTI têm sido classificadas como um setor complexo e de difícil ambientação para os pacientes assim como seus familiares. Cabe ressaltar que as características hostis do ambiente, a restrição do horário de visita, a imprevisão do que pode ocorrer, o medo da morte e a falta de privacidade, se configuram como situações desencadeadoras de ansiedade e stress.

Ao conceber a doença nos filhos como fator gerador de ansiedade e preocupações, direcionar o foco de cuidado também para a família, tem se tornado uma evidência crescente na investigação e na prática da enfermagem.

Diante do processo de internação de pacientes na UTI, a equipe multiprofissional atuante neste setor possui grande responsabilidade na assistência a vida dos internos, visto que quando se trata da família, existem práticas adequadas para diminuir o turbilhão de sentimentos causados pela condição clínica de seu familiar.

Nesta perspectiva, o presente estudo buscou dar voz a uma família que vivenciou hospitalizações de familiares em UTI e tenta compreender a repercussão ocasionada na família decorrente da hospitalização de seus membros através das questões: Como a família vivencia a experiência de internações de entes na UTI? Qual o impacto vivenciado pela família mediante hospitalizações em UTI?

Em vista disso, o presente estudo teve por objetivo compreender a experiência de uma família que vivenciou internações em UTI.

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