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Estratégia Educativa Sobre Letramento Em Saúde Junto Às Bases Comunitárias: Sistematização de Experiência

14 de outubro de 2025 por filipesoaresImprimir Imprimir

Como um Curso Autoinstrucional Está Transformando o Letramento em Saúde no Enfrentamento de Doenças Socialmente Determinadas.


Você já ouviu falar em letramento em saúde? Trata-se da capacidade que as pessoas têm de acessar, entender e aplicar informações em saúde para tomar decisões mais conscientes sobre seu cuidado e bem-estar. Esse conceito tem ganhado força, especialmente quando falamos de doenças e infecções determinadas por fatores sociais, como o HIV/aids e as hepatites virais.

Pensando nisso, um grupo de profissionais da área da enfermagem se uniu para desenvolver e validar um curso autoinstrucional totalmente voltado para esse tema. A ideia foi criar um material educativo acessível, prático e sensível às realidades sociais, com foco em populações estigmatizadas e na atuação conjunta com movimentos sociais.

Como o curso foi construído?

A proposta nasceu a partir de uma experiência participativa. Três enfermeiros envolvidos com pesquisa e extensão universitária lideraram a iniciativa, com a colaboração de um gestor municipal de saúde e dois doutores especialistas na área. O processo de construção do curso passou por análise documental e descrição cuidadosa de cada etapa, desde o planejamento até a validação final do conteúdo.

O que o curso aborda?

O conteúdo foi estruturado em módulos que tratam dos principais aspectos do letramento em saúde, com uma abordagem freireana, ou seja, centrada no diálogo, na escuta e na construção coletiva do saber. Os temas trazem à tona discussões sobre comunicação qualificada, inclusão de grupos sociais historicamente marginalizados e o impacto dos determinantes sociais na saúde da população.

Além disso, o curso propõe a articulação entre teoria e prática, sempre com foco na realidade concreta dos participantes. Essa integração é essencial para garantir que o conhecimento não fique apenas no campo teórico, mas gere impacto direto nas ações em saúde.

Validação e resultados

Durante a etapa de validação, o curso alcançou um índice de 83% de aprovação quanto ao conteúdo, o que reforça sua relevância e aplicabilidade. A proposta se mostra inovadora ao ir além de uma simples transmissão de conhecimento, promovendo uma verdadeira transformação nas práticas educativas em saúde.

Por que essa experiência importa?

Esse tipo de iniciativa fortalece a atuação conjunta entre profissionais de saúde, Organizações da Sociedade Civil e Movimentos Sociais, promovendo estratégias comunitárias mais eficientes e humanas. Mais do que informar, o curso busca empoderar — ampliando o protagonismo social e contribuindo com os objetivos do Programa Brasil Saudável – Unir para Cuidar.

A construção colaborativa de práticas educativas, fundamentadas em evidências e sensíveis ao contexto social, é um caminho promissor para transformar a maneira como enfrentamos as doenças que mais afetam populações vulnerabilizadas. E esse curso é um ótimo exemplo de como é possível fazer isso com diálogo, participação e compromisso social.

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