Avalia a auto-eficácia em amamentação por meio da aplicação da Breastfeeding Self-Efficacy Scale
O aleitamento materno não é a simples ação de colocar a criança ao peito da mãe, é um processo complexo que envolve experiências culturais, sociais, psíquicas e biológicas da mulher. Como uma tarefa há ser cumprida em prol da saúde da criança, existe uma cobrança social para a autoeficácia em amamentação, porém vários fatores dificultam ou inviabilizam esta prática.
Apesar dos conhecimentos atuais confirmarem a importância do aleitamento materno exclusivo (AME) para crianças até os seis meses de idade, a introdução precoce de líquidos e alimentos artificiais em crianças amamentadas continua sendo freqüente em nosso meio. Tal fato pode ser evidenciado quando 32,7% das mães julgaram como incorreta a assertiva “outros alimentos podem causar substituição do AME”. Pois acreditam que a inserção de outros alimentos não influencia na duração do AME.
Na assistência de Enfermagem, na promoção da amamentação, pela interação profissional e mãe, pode-se desenvolver um plano de cuidados possível de ser realizado em todos os níveis de atenção, pois a partir deste compartilhamento de pensamentos e valores, o enfermeiro é capaz de conhecer as reais necessidades do binômio mãe-filho, para poder, assim, intervir.
No Brasil, as estimativas das prevalências do aleitamento materno mostram que a maioria das crianças (87,3%) é amamentada no primeiro mês de vida. Essa proporção decresce para 77,5% aos 120 dias, e para 68,6%, aos 180 dias. Na cidade de Teresina (PI), estes percentuais são 92,7%; 86,4% e 80,1%, respectivamente. Quanto aos valores do aleitamento materno exclusivo, as taxas são ainda menores. Os percentuais na idade de 30, 120 e 180 dias, em Teresina, caem para 55,0%; 22,0% e 9,6%, respectivamente. Estas taxas deixam claro que apesar das várias estratégias de incentivo ao AME. Elas ocorrem isoladamente até contrapõem-se, o que demonstra a falta de articulação das ações de saúde.