Os Efeitos Financeiros no Sistema do Conselho Federal de Enfermagem

29 de agosto de 2023 por filipesoaresImprimir Imprimir

Avalia os efeitos do Covid-19 nas finanças do sistema do Conselho Federal de Enfermagem.


O Brasil e o mundo têm vivenciado uma das maiores crises de saúde pública em sua história, especialmente devido à pandemia do novo coronavírus que tem tido crescimento vertiginoso desde o final do ano de 2019 e continua a mudar todo cenário no contexto político, econômico, da saúde e do modo dos hábitos de vida de cada cidadão das populações atingidas no primeiro no decorrer do ano de 2020.

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A disseminação mundial do novo coronavírus (Covid-19) já teve um impacto negativo na economia de alguns países, com ramificações globais e períodos incertos. Ao contrário de outras pandemias no passado, a velocidade do impacto da pandemia do novo coronavírus em 2020 tem sido implacável quanto aos planos dos governos de crescimento econômico e estabilidade cambial. O isolamento social, a queda do consumo, o desemprego, as fronteiras de diversos países sendo fechadas, a falta de comercialização a nível mundial, a retração aos investimentos devidos as incertezas do futuro são fatores que contribuem para a crise financeira do Brasil e do mundo, juntamente com as dificuldades de enfretamento aos cuidados a saúde da população em meio a pandemia, na tentativa de evitar mortes em massa e evitar um caos maior em todos os seguimentos da sociedade.

Impactos da pandemia na economia no Brasil

Ainda é cedo para detectar os impactos da pandemia na economia no Brasil de maneira abrangente, pois a crise está em pleno desenvolvimento, e mesmo que essa pandemia do coronavírus de 2020 seja comparada com outras pandemias na história recente, alguns fatores interferem na tentativa de existir uma previsão futura inequívoca sobre o que acontecerá com a economia mundial e local. As atitudes dos governantes e líderes do Estado atuais, as diferenças de contextos da realidade de cada país e as consequências para a saúde pública da população interferiram no enfrentamento e nas incertezas que estão por vir. O risco de colapso econômico e instabilidade no mundo é real, que pode afetar toda cadeia de produção e de consumo. Neste contexto, analisar os efeitos financeiros no Sistema do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), devido à pandemia do Covid-19 é tarefa primordial, pois os profissionais de enfermagem que além de estarem no fronte do enfretamento da pandemia, representam uma parcela significativa de trabalhadores ativos na economia brasileira, estimado em 2.333.699 (dois milhões e trezentos e trinta e três mil e seiscentos e noventa e nove) profissionais entre enfermeiros, técnicos de enfermagem e auxiliares de enfermagem.
No momento em que Organização Mundial da Saúde (OMS) no ano de 2020 anunciou o caso do Covid-19 como pandemia, vários governos começaram a reagir diante dessa nova realidade, especialmente com o isolamento social e medidas de higienização pertinentes. Este acometimento à saúde pública e à vida das pessoas resulta em comprometimento na relação doença e saúde, vida social, trabalho e questões econômicas essências na subsistência das famílias e nos investimentos governamentais em setores essenciais à vida humana.
Diante de tantos desafios diante da pandemia, pelo lado da saúde pública, governantes têm tomado medidas para impedir o alastramento do Covid-19, com atitudes que têm sido usadas em várias partes da Europa, Estados Unidos e alguns países asiáticos que são: a realização de testes para todos os que necessitem, a começar pelos profissionais de saúde e os casos graves que são atendidos em unidades hospitalares, baixando portarias propondo o isolamento social, com fechamento de serviços não essenciais a população e medidas protetivas (como higienização e usos de máscaras em locais públicos).

Efeitos Financeiros

Economicamente, o governo brasileiro tem dado apoio às pessoas e empresas afetadas, mesmo que insuficiente para alavancar a economia do Brasil, os subsídios salariais para trabalhadores de empresas que terão que desacelerar ou fechar sua produção temporariamente visam evitar a demissão em massa e a falência coletiva de serviços dos mais variados no país, seja na área da alimentação, turismo, entretenimento, educação etc. Ao mesmo tempo, por meio do auxílio emergencial o estado tem procurado minimizar a crise econômica que assola milhões de desempregados no Brasil, visando a socorrer famílias que, devido a pandemia perderam suas fontes de rendas.
Todavia, antes de discorrer mais sobre o tema, é importante que seja definido o termo pandemia, visto que nas sociedades contemporâneas o termo é frequentemente utilizado para alertar a população do perigo que todos correm devido a propagação de doenças virais que necessitam de prevenção coletiva urgente. No presente trabalho, “pandemia” refere-se a uma epidemia de grandes proporções, que se espalha por diversos continentes e tem transmissão sustentada entre pessoas.
Para levar a termo o estudo em questão optou-se por fazer a pesquisa teórica baseada em uma revisão da literatura em artigos, livros e outras publicações, incluindo dissertações publicadas, com o intuito de levantar dados históricos e conceituais sobre as pandemias que assolaram o Brasil e o mundo em 1918, 2002, 2009 e 2020.
Ademais foi realizada uma pesquisa de campo, do tipo documental, no Departamento Financeiro do COFEN, para levantamento das receitas financeiras nos últimos cinco anos, à guisa de suporte para as comparações e efeitos das pandemias nas questões financeiras da instituição, foco desta pesquisa.
Este estudo está estruturado em cinco capítulos. No primeiro, será feita uma revisão da literatura sobre as pandemias que atingiram o mundo, desde o início do século XX até o ano de 2020. Com destaque para a gripe espanhola (1918), a síndrome respiratória aguda grave (2002), a gripe H1N1 (2009) e o Covid-19 (2020). No segundo capítulo, buscar-se-á a análise comparativa entre as causas e as consequências dessas pandemias que atingiram a população mundial. No terceiro capítulo, será destacado a fundação e as atribuições do Conselho Federal de Enfermagem e seus Conselhos Regionais. No capítulo seguinte, intitulado o “Observatório da Enfermagem”, a ênfase dada serão as estatísticas do contágio da pandemia dentre os milhares de profissionais da saúde em atividade em todo território nacional. E no último capítulo, será feita a análise dos balancetes financeiros do COFEN no primeiro trimestre de 2020, numa comparação com os últimos relatórios no mesmo período de análise dos anos anteriores. O objetivo será vislumbrar os efeitos da pandemia atual na receita do Conselho Federal de Enfermagem.
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