Educação Permanente Sobre Cuidados de Fim de Vida Em Oncologia Pediátrica
20 de fevereiro de 2024 por filipesoares
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Descreve as estratégias a serem utilizadas na educação permanente de profissionais de Enfermagem sobre cuidados paliativos de fim de vida na oncologia pediátrica.
O cuidado paliativo (CP) deve ser adotado desde o diagnóstico de doenças, ou condições ameaçadoras à vida, em associação ao tratamento com proposta curativa; com o passar do tempo, caso o paciente evolua para impossibilidade de cura, o tratamento paliativo passa ser exclusivo; e no final com a proximidade da morte, o indivíduo segue sob cuidados de fim de vida.
Foto: Helene Santos / Governo do Estado do Ceará.
Cuidado paliativo pediátrico (CPP) compreende um cuidado total ativo do corpo, mente e espírito da criança, que envolve dar apoio à família. Assim, objetiva alívio do sofrimento físico, psicológico e social, devendo ser o alvo da assistência.
Oncologia pediátrica
No contexto da oncologia pediátrica, trabalhar com pacientes em CP, especialmente de fim de vida, tem alta complexidade assistencial, envolve um conjunto de sentimentos influenciados por elementos estressores, como a impossibilidade de obtenção de cura e a expectativa da morte de um ser que é frágil. Estudos apontam lacunas na formação dos profissionais de enfermagem para trabalharem com pacientes oncológicos pediátricos.
Artigo de revisão evidenciou a necessidade da educação permanente dos profissionais de enfermagem que atuam em cuidados paliativos, particularmente no ambiente da oncologia pediátrica. A educação na área da saúde é primordial para qualificação e atualização da equipe e evidentemente para que o profissional seja também um educador e disseminador de conhecimento.
A educação permanente em saúde pode ser entendida como estratégia que visa favorecer transformações nas práticas do trabalho, baseando-se em reflexões críticas, oportunizando o encontro entre o mundo da formação científica e o mundo do trabalho, através da interseção entre o aprender e o ensinar na realidade dos serviços. No que tange a realidade prática dos profissionais de enfermagem que atuam em cuidados paliativos, maior ênfase deve ser dada à capacitação visando fornecer uma assistência segura e qualificada para o paciente e sua família.
Cuidado paliativo pediátrico
É primordial na proposta de educação permanente, que as estratégias educativas possibilitem reflexões acerca da realidade. Neste contexto, a educação problematizadora na abordagem dos CP contribui não somente para a construção de espaços de reflexão acerca das questões sobre o cuidado de pessoas com doenças que ameaçam a vida, mas também possibilita mudanças na forma de pensar o cuidado no fim de vida, reconhecendo a sua relevância e necessidade de considerar os aspectos biopsicossociais.
Nesse sentido, utilizou-se como referencial teórico desse estudo, a educação problematizadora de Paulo Freire. Em sua perspectiva, é indispensável romper com a verticalidade da prática educativa, através do diálogo e de uma relação transversal e dialógica. Assim, de caráter essencialmente reflexivo, essa teoria implica em constante interrogação crítica da realidade.
Para que o processo educativo seja dialógico e atrativo aos participantes é essencial avaliação cuidadosa acerca dos temas e os métodos a serem utilizados. Sendo fundamental dar voz aos educandos, aqui representados pelos profissionais de saúde, promovendo assim a verbalização dos mesmos a respeito das estratégias possíveis na abordagem sobre cuidados paliativos e em particular aqueles empregados em fim de vida. Isto ressalta a importância do desenvolvimento de estudos que busquem identificá-las para tornar as propostas de educação permanente dos profissionais de enfermagem sobre os CPP mais produtiva.
Sendo assim, delimitou-se a seguinte questão norteadora: quais estratégias podem ser utilizadas na educação permanente de profissionais de enfermagem sobre cuidados paliativos de fim de vida na oncologia pediátrica? O objetivo foi descrever as estratégias a serem utilizadas na educação permanente de profissionais de enfermagem sobre cuidados paliativos na
oncologia pediátrica.
