Identifica áreas de risco significativo para a segurança do paciente e fomentar o desenvolvimento de ferramentas e estratégias de prevenção de danos.
A divulgação do relatório do Institute of Medicine (IOM), intitulado To Err is Human, em 1999, revelou o impacto da ocorrência de eventos adversos associados ao processo de assistência à saúde para pacientes e instituições. Com isso, maior atenção passou a ser voltada para o tema segurança do paciente, bem como para a necessidade de se discutir sobre a melhoria da qualidade dos cuidados em saúde em todo mundo.
A Aliança Global para Segurança do Paciente foi lançada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 2004. Constituída como um esforço internacional, foi a primeira iniciativa envolvendo a OMS, agências reguladoras, governantes e pacientes, com o objetivo de facilitar o desenvolvimento de políticas e práticas em segurança do paciente nos estados membros e reduzir danos causados por eventos adversos em saúde. Sua criação permitiu a formação da Unidade de Segurança e Gerenciamento de Risco da OMS, que, dentre suas principais iniciativas, instituiu o Desafio Global de Segurança do Paciente.
O Desafio Global de Segurança do Paciente tem como objetivo identificar áreas de risco significativo para a segurança do paciente e fomentar o desenvolvimento de ferramentas e estratégias de prevenção de danos. Os dois primeiros desafios foram lançados em 2005 e 2008, com os temas “Higienização das Mãos” e “Cirurgia Segura”, respectivamente, e tinham como objetivo central a redução de infecções associadas aos cuidados em saúde e o risco associado às cirurgias.
Em 2017, reconhecendo o alto risco de danos associados ao uso de medicamentos, a OMS lançou o terceiro Desafio Global de Segurança do Paciente com o tema “Medicação sem Danos” (em inglês, “Medication Without Harm”). A meta desse desafio é reduzir em 50% os danos graves e evitáveis relacionados a medicamentos, ao longo dos próximos cinco anos, a partir do desenvolvimento de sistemas de saúde mais seguros e eficientes em cada etapa do processo de medicação: prescrição, distribuição, administração, monitoramento e utilização. Para que isso seja possível, foram estabelecidos cinco objetivos específicos focados em ações para reduzir as deficiências nos sistemas de cuidados em saúde, evitando práticas inseguras no uso de medicamentos.