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Cogestão na Atenção Primária: Possibilidades e Desafios de Uma Equipe no Sul do Brasil

24 de julho de 2025 por filipesoaresImprimir Imprimir

Cogestão na Atenção Primária à Saúde: um caminho possível para superar desafios gerenciais.


A gestão do trabalho na Atenção Primária à Saúde (APS) ainda enfrenta muitos desafios, especialmente quando falamos sobre sobrecarga e falta de profissionais. Pensando nisso, uma pesquisa metodológica buscou mapear, refletir e propor soluções para essas fragilidades, olhando para o tema a partir da perspectiva da cogestão — ou seja, uma forma de gestão compartilhada entre diferentes atores do sistema de saúde.

Foto: Governo Federal.

Como foi feita a pesquisa?

O estudo contou com a participação de 23 pessoas ligadas diretamente à APS. Elas representavam três importantes frentes do sistema: atenção, gestão e controle social. A pesquisa foi dividida em várias etapas, e o artigo apresenta os resultados iniciais de duas delas:

  • Fase exploratória: momento em que o tema foi definido e a realidade do território analisada;

  • Problematização: fase em que os problemas que poderiam ser transformados foram identificados.

Para isso, foram realizadas rodas de conversa em três encontros diferentes, com os dados analisados a partir de análise de conteúdo.

O que foi descoberto?

Dois pontos chamaram atenção:

  1. A falta de especialistas conveniados com o Sistema Único de Saúde (SUS);

  2. A escassez de profissionais no geral, o que acaba gerando sobrecarga nas equipes existentes.

Apesar desses desafios, os participantes relataram que a colaboração entre as equipes já acontece de forma espontânea. No entanto, esse trabalho coletivo pode se tornar ainda mais eficaz quando orientado pelos princípios da cogestão.

E quais são os caminhos apontados?

Além de refletir sobre os problemas, o grupo foi além: propôs ações práticas, distribuindo tarefas e mobilizando diferentes setores na busca por soluções. Entre as ferramentas sugeridas, destacam-se:

  • Colaboração entre profissionais;

  • Consultas compartilhadas;

  • Projetos terapêuticos integrados;

  • Reuniões de equipe mais frequentes;

  • Educação permanente em saúde.

Todas essas estratégias estão em sintonia com os princípios da cogestão e mostram que é possível reorganizar o trabalho na APS de maneira mais democrática e eficiente.

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