4 de abril de 2024 por filipesoares
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Com destaque para as perspectivas da Enfermagem feita em áreas remotas, o 3º Seminário nacional de Enfermagem em Saúde Intercultural ocorre em 20 a 30 de abril.
Na terceira edição do Seminário Nacional de Enfermagem em Saúde Intercultural profissionais atuantes na assistência aos povos originários se reúnem para compartilhar relatos e debater os mais atuais formatos destes serviços. O evento traz o tema “A diversidade cultural indígena e ribeirinha: diálogos, desafios e perspectivas sob o olhar da Enfermagem” e será realizado em 29 e 30 de abril, a partir das 9h em ambas as datas, em Boa Vista (RR). Também é possível participar da discussão de forma remota, por meio da ferramenta multiplataforma CofenPlay. Quem comparecer receberá certificado.
Foto: Divulgação
A abertura do encontro fica a cargo dos representantes do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), da Comissão Nacional de Enfermagem em Saúde Intercultural (CONENFSI), e também do Conselho Regional de Enfermagem de Roraima (Coren-RR). A programação inclui conversas sobre saúde mental de profissionais, estratégias de fiscalização em áreas remotas e novas tecnologias.
O coordenador da CONENFSI, Paulo Murilo de Paiva, destaca que indígenas, ribeirinhos e quilombolas não são categorias homogêneas. “Há em cada uma dessas demografias uma quantidade enorme de expressões culturais, além de condições geográficas próprias. O atendimento útil ao auxílio desses pacientes só é possível por meio do intercâmbio entre as práticas clínicas e as identidades locais”, observa ele.
A urgência em aprimorar os serviços de saúde para populações originárias vem sendo alertada a partir de crises humanitárias presenciadas recentemente no Brasil. “Situações extremas como a tragédia Yanomami que temos visto desde 2022 atestam a fragilidade dos povos em comunidades indígenas. Ser ativamente contra ataques à dignidade humana e coibir o sofrimento são responsabilidades não apenas da Enfermagem, mas também de uma equipe multiplofissional, onde devemos garantir os princípios do SUS”, reflete Paiva.