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Avaliação do Conhecimento Sobre a Terapêutica Medicamentosa de Indivíduos Em Uso de Anticoagulantes Orais
14 de março de 2023 por filipesoares Imprimir
Avalia o conhecimento sobre a terapêutica medicamentosa de indivíduos em uso de anticoagulantes orais.
Os anticoagulantes atuam aumentando o tempo de ação do processo fisiológico de coagulação sanguínea sendo utilizados principalmente na prevenção e tratamento de eventos tromboembólicos. Um grande número de doenças cardiovasculares utilizam em seu tratamento esses medicamentos, que em determinadas vezes são prescritos por longos períodos de tempo. Dessa forma, com o surgimento de novas opções terapêuticas o tratamento com os anticoagulantes vem apresentando grande avanço com o objetivo de proporcionar maior segurança e efetividade à terapia, assim, muitos estudos têm sido realizados a fim de esclarecer os riscos e benefícios de seu uso.
Dentre as diferentes apresentações farmacológicas dos anticoagulantes destaca-se a fórmula oral, que na maioria das vezes são utilizados de forma crônica. Entre os Anticoagulantes Orais (ACO) a droga mais utilizada é o antagonista da vitamina K, tendo a varfarina como a principal representante dessa categoria considerando sua relação de custo-efetividade. Vale ressaltar que a varfarina faz parte dos medicamentos potencialmente perigosos de uso ambulatorial estabelecido pelo instituto de práticas seguras no uso de medicamentos.
A instabilidade nos níveis de coagulação sanguínea pode resultar em complicações hemorrágicas ou tromboembólicas quando, respectivamente, a terapia com o anticoagulante está em excesso ou insuficiente. Por esse motivo, deve-se realizar o controle regular do estado de coagulação através do tempo de protrombina, expresso pela Razão Normalizada Internacional (
RNI), ou do inglês International Normalized Ratio (INR), cujos valores médios estão entre 2,0 e 3,0.
O atual perfil de morbidade da população, com a associação de várias condições clínicas em um mesmo indivíduo leva ao tratamento politerapêutico, sendo este um fator favorável à ocorrência de interações medicamentosas em indivíduos anticoagulados, somando a isso, estão os fatores genéticos e as interações alimentares, causando, por vezes, alterações no efeito da medicação com potencialização ou inibição da ação anticoagulante.
Anticoagulantes Orais
Dessa forma, diversas mudanças nos hábitos de vida de pacientes que fazem uso de ACO devem ser implementadas, como adequação da alimentação, redução da ingestão de alimentos ricos em gorduras e em vitamina K, redução da ingestão de bebidas alcoólicas e atenção às interações medicamentosas que dependem de diversos fatores, como, condição clínica do paciente, quantidade e mecanismo de ação dos fármacos. Essas adequações refletem no desfecho clínico, que se bem aderidas, garantem uma redução substancial do risco de complicações e internamentos relacionados ao tratamento e, consequentemente, do custo para o sistema de saúde.
Destacam-se como desafio para eficácia terapêutica dos ACO a monitorização efetiva e a adesão do paciente ao tratamento, além disso, o domínio do conhecimento dos profissionais de saúde sobre o anticoagulante oral, assim como a transmissão desse conhecimento, também é um fator que repercute na qualidade do tratamento.
Estudos indicam uma carência de informações prestadas pela equipe de saúde aos pacientes em uso de anticoagulantes, sendo o conhecimento desses indivíduos um fator de suma importância na segurança da terapia, podendo proporcionar melhor adesão no uso dos ACO, melhor controle dos níveis de coagulação e redução de complicações. Portanto diante do exposto e da necessidade observada na prática clínica, este estudo tem como objetivo avaliar o conhecimento sobre a terapêutica medicamentosa de indivíduos em uso de anticoagulantes orais.