Aprendizagem de Estudantes de Ensino Médio Sobre Parada Cardiorrespiratória e Reanimação

19 de janeiro de 2022 por filipesoaresImprimir Imprimir

Verifica o conhecimento de estudantes do ensino médio sobre parada cardiorrespiratória e reanimação cardiopulmonar e avalia o aprendizado de forma imediata e tardia após treinamento teórico e prático.


De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo, caracterizada pela cessação dos batimentos cardíacos e movimentos respiratórios. Estudos internacionais informam que nos Estados Unidos aproximadamente 469.000 pessoas sofreram uma PCR.

Aprendizagem de Estudantes de Ensino Médio Sobre Parada Cardiorrespiratória e Reanimação

Aprendizagem de Estudantes de Ensino Médio Sobre Parada Cardiorrespiratória e Reanimação.

Embora não haja consenso no que se refere aos dados estatísticos de uma PCR, estima-se uma média de 200.000 eventos por ano no Brasil, onde 50% dos casos ocorrem em ambiente hospitalar e a outra metade em ambientes como residências, ambiente de trabalho e shopping centers. Segundo os dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde, as altas taxas de mortalidade da população brasileira por doenças cardíacas representa um problema de saúde pública.

O atendimento inicial das situações de emergência é conhecido como Suporte Básico de Vida (SBV), que inclui as manobras de Reanimação Cardiopulmonar (RCP) em vítimas de PCR, a desfibrilação por meio de Desfibrilador Externo Automático (DEA), manobras de desobstrução de vias aéreas devido a corpo estranho, rápido reconhecimento das situações de gravidade, podendo ser realizado por qualquer indivíduo previamente treinado.

O sucesso da RCP deve-se ao reconhecimento imediato, ativação do serviço de emergência e início de Compressões Torácicas (CT). Neste sentido, a capacitação de leigos para o atendimento precoce em situações de emergência é fundamental para salvar vidas e prevenir sequelas.

Atualmente, o índice de sobrevivência, quando se tem uma população bem treinada é de 70%, o que difere de dados anteriores em que essa taxa era de apenas 2%. Nos últimos 50 anos, pesquisas foram desenvolvidas e aprimoradas com o intuito de melhorar os princípios de padronização ao atendimento à PCR e emergências cardiovasculares. Em 2015, a American Heart Association (AHA) elaborou as diretrizes para o atendimento das vítimas de PCR, após um longo processo internacional de avaliação das evidências envolvendo 250 revisores de 39 países.

Estudo em vítimas com parada cardiorrespiratória em ambiente extra-hospitalar demonstrou que a RCP somente com CT foi equivalente ou superior à RCP convencional, com ciclos de 30 compressões para duas ventilações, em termos de benefícios neurológicos quando realizados em adultos. O treinamento em SBV para leigos promove habilidades cognitivas que possibilitam a identificação da PCR por espectadores e realização do atendimento inicial, o que aumenta a chance de sobrevivência da vítima, reforçando o conceito da obrigação social das pessoas em ajudar o outro.

Há alta incidência de situações emergenciais em que a população está exposta, muitas vezes, assistidas por adolescentes e crianças. Portanto, avaliar os conhecimentos adquiridos por estudantes após uma intervenção educativa pode auxiliar os profissionais da saúde e da educação na elaboração de estratégias para a implantação do ensino de SBV nas escolas. Considerando a importância de realizar o atendimento inicial em parada cardíaca, objetivou-se verificar o conhecimento de estudantes do ensino médio sobre parada cardiorrespiratória e reanimação cardiopulmonar e avaliar o aprendizado de forma imediata e tardia após treinamento teórico e prático.

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