Ao discorrermos sobre a homeopatia em diversas situações, frequentemente notamos que as pessoas reagem com manifestações de desconfiança, questionando sua comprovação científica e a validade terapêutica do método. Proclamada em todos os meios, de forma indistinta e reiterada, a falácia ou pós-verdade de que “não existem evidências científicas em homeopatia” acaba se incorporando ao inconsciente da coletividade, servindo como estratégia para aumentar preconceitos e radicalizar posicionamentos contrários a essa prática médica bissecular.
Fruto da desinformação ou da negação dos estudos que fundamentam o modelo homeopático em vários campos da ciência. Esse preconceito se retroalimenta de tempos em tempos com matérias e artigos depreciativos publicados nas mídias e redes
sociais. As quais. Raramente, divulgam os trabalhos com resultados favoráveis à homeopatia. Com o intuito de esclarecer a classe médica e a sociedade em geral, buscando desmistificar posturas dogmáticas culturalmente arraigadas, a Câmara Técnica de Homeopatia do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (CREMESP) elaborou o presente Dossiê Especial, “Evidências Científicas em Homeopatia”, contando com o apoio da Associação Médica Homeopática Brasileira (AMHB) e da Associação Paulista de Homeopatia (APH) em sua divulgação na Revista de Homeopatia da APH.
Além de trazer o panorama mundial da homeopatia como especialidade médica e de sua inclusão nos currículos das faculdades de medicina. O dossiê abarca outras revisões sobre as linhas de pesquisa que fundamentam os pressupostos homeopáticos. A saber: princípio da similitude terapêutica. Experimentação patogenética homeopática. Emprego de medicamentos dinamizados (ultradiluições) e individualizados segundo a totalidade sintomática característica do binômio doente-doença. Analogamente. A eficácia e a segurança do tratamento homeopático estão evidenciadas na descrição de ensaios clínicos randomizados e placebos-controlados. Assim como em revisões sistemáticas e metanálises.