Análise do Discurso dos Gestores do Programa de Controle da Hanseníase

2 de julho de 2021 por filipesoaresImprimir Imprimir

Analisa o discurso dos gestores do Programa Nacional de Controle da Hanseníase.


O Rio Grande do Norte apresenta incidência de 7,26 para hanseníase e uma prevalência de 0,69 segundo a Secretaria de Vigilância Sanitária (SVS) do Ministério da Saúde (MS) em 2018,1 o que o coloca em uma posição de evidência no Nordeste no que concerne a este agravo.

Análise do Discurso dos Gestores do Programa de Controle da Hanseníase

Análise do Discurso dos Gestores do Programa de Controle da Hanseníase. Foto: Divulgação

Entre os anos de 2014 a 2017 todos os indicadores epidemiológicos e operacionais da Hanseníase no estado foram considerados de regulares a precários pela SVS/MS, o que corrobora para a existência de pontos nevrálgicos na condução do Programa Nacional de Controle de Hanseníase (PNCH).

Programa de Controle da Hanseníase

No que concerne a hanseníase, a avaliação dos serviços de saúde é imprescindível por se tratar de um agravo prioritário na política de saúde do Brasil, necessitando de ações que visem o fortalecimento da atuação da Atenção Primária de Saúde (APS), de modo que a organização do processo de trabalho seja descentralizado, alicerçado às diretrizes de regionalização, assim como aos princípios de integralidade.

Para tal, é importante assegurar os padrões operacionais, logísticos, econômicos e éticos que estão relacionados ao reconhecimento e seguimento dos contatos, como revelação do diagnóstico precoce, capacitação dos profissionais da rede de atenção à saúde e análise de custo e efetividade das ações empregadas. O financiamento desses parâmetros é outro ponto necessário para que a APS tenha seu funcionamento integral, garantido mediante financiamento tripartite, convencionado para exercer suas respectivas ações.

O Rio Grande do Norte, dividido em oito regiões administrativas e com seis Unidades Regionais de Saúde Pública (URSAP) difundidas em seu território, apresenta elevado potencial de proporcionar apoio institucional aos 167 municípios que compõem esta Unidade de Federação, no entanto, no que diz respeito ao PNCH, os resultados encontrados pela SVS/MS indicam visivelmente dificuldades em se desenvolver um trabalho voltado para a promoção da saúde da população. Diante disso, o objetivo deste artigo é analisar o PNCH no Rio Grande do Norte na perspectiva de gestores e a articulação com as características e princípios que norteiam a Promoção da Saúde.

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