A Covid-19 Está no Ar

8 de novembro de 2021 por filipesoaresImprimir Imprimir

Como garantir a utilização adequada do ar-condicionado durante a pandemia?


A garantia da qualidade do ar nos ambientes está condicionada à eficiência da gestão no controle e na manutenção periódica dos sistemas de climatização, de maneira a diluir a concentração de contaminantes, contribuindo para a prevenção de doenças respiratórias e de etiologias diversas, como infecções bacterianas, fúngicas ou virais, a exemplo da Covid-19.

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Há legislação nacional e estadual que estabelece os parâmetros de referência para qualidade do ar em ambientes artificialmente climatizados de uso público e coletivo, considerando fatores de conforto térmico, umidade relativa, renovação e filtragem do ar, a serem acompanhados através do Plano de Manutenção, Operação e Controle de Sistemas de Climatização (PMOC).

No atual contexto da pandemia provocada pelo novo coronavírus (SarsCov2), estudos têm apontado novos aspectos importantes na transmissão da doença, seja por via direta, por meio de gotículas eliminadas durante fala, espirro, tosse; seja por via indireta, através objetos ou superfícies contaminadas. Mais recentemente, foi demonstrada a transmissão aérea por gotículas menores que cinco micrômetros, que podem permanecer no ar por períodos variáveis.

Amplia-se a necessidade de atenção ao cumprimento das medidas de prevenção de caráter coletivo no meio ambiente de trabalho, em complementação aos protocolos sanitários definidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde (MS), exigindo dos empregadores a observância das normas técnicas sobre qualidade do ar nos locais de trabalho e elaboração de programas específicos para aferição e controle dos parâmetros indicados, sob responsabilidade de profissionais legalmente habilitados.

O estímulo à ventilação natural na prevenção à Covid-19 é uma medida importante, em associação à renovação do ar, embora a manutenção de janelas e portas abertas nem sempre propicie reciclagem constante e suficiente. Se por um lado a ventilação natural deve ser incentivada, o uso da refrigeração artificial de ambientes fechados não deve ser considerado, isoladamente, um vilão durante a pandemia da Covid-19.

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