Segurança do Paciente em Cuidados Paliativos: eventos adversos que precisamos gerenciar

26 de novembro de 2018 por filipesoaresImprimir Imprimir


Pacientes em condições de doenças terminais ou estágio avançado, geralmente, já sofrem devido à sua situação. Por essa razão, é fundamental que o cuidado à saúde vise diminuir esse sofrimento, de forma a oferecer todo o suporte necessário e possível.

Cuidados Paliativos

O cuidado paliativo é uma dessas formas de abordagem que contempla várias práticas institucionais no intuito de oferecer dignidade, redução da dor, empatia, suporte físico e psicológico a esses pacientes.

Contudo, é necessário atenção na fomentação destes cuidados, uma vez que esses pacientes já encontram-se mais vulneráveis e suscetíveis a complicações. Com o objetivo de analisar os incidentes e entender as causas e impactos do cuidado inseguro, um estudo publicado neste ano pela European Association for Palliative Care estudou 475 notificações de eventos adversos em pacientes sob cuidados paliativos, dentre eles:

  • 266 sobre úlcera de pressão;
  • 91 sobre erros de medicação;
  • 46 sobre quedas;
  • 21 sobre infecções associadas aos cuidados à saúde;
  • 18 sobre outras instâncias de perturbação ou morte;
  • 14 sobre alegações contra profissões da saúde;
  • 8 sobre incidentes na transferência;
  • 6 sobre suicídio;
  • 5 sobre outras preocupações.

Nessa avaliação, as principais causas dos incidentes foram justificadas pela:

  • Falta de experiência/conhecimento sobre o cuidado paliativo;
  • Falta de recursos;
  • Coordenação pobre do cuidado.

Esses problemas poderiam ser resolvidos com a melhoria da comunicação entre os colaboradores e integração entre os setores. Junto ao engajamento e troca de informações, é necessário que os profissionais sejam educados e treinados, tendo nos bastidores, uma abordagem não punitiva, mas de melhoria contínua.

Contudo, quando não prevenidos ou remediados de forma precisa, rápida e segura, os pacientes sofrem com:

  • Agravamento dos sintomas;
  • Surgimento de outras complicações;
  • Lesões sérias;
  • Precipitação da morte.

Se nós prezamos pela segurança, qualidade de vida e bem-estar do paciente, precisamos oferecer um cuidado mais eficaz, coordenando técnica e fatores humanos de forma a reduzir a quantidade de eventos adversos evitáveis.

Fonte: [1]

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