Residência em Enfermagem: Entenda Como Funciona e Onde Fazer

24 de julho de 2019 por filipesoaresImprimir Imprimir


Após finalizar a graduação nem sempre é fácil conseguir emprego na área da saúde por falta de experiência, por isso, muitos recém-formados procuram por uma especialização ou residência em enfermagem. São opções que permitem maior carga horária em aulas práticas e, consequentemente, aumentam as chances de contratação.

Com o intuito de formar um profissional técnico-científico mais preparado para a área escolhida no mercado de trabalho, a residência é importante para a vivência da profissão e auxiliar na carreira. Além de muitas instituições considerarem as horas da residência como experiência trabalhada, elas facilitam a busca de um novo emprego.

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Existem cursos de especialização para diversas áreas da enfermagem, tem para os que preferem trabalhar com idosos, para os que preferem atender crianças, para aqueles que preferem lidar com doenças sérias, entre outros.

O que é a residência em Enfermagem

A residência é uma pós-graduação Lato Sensu que tem o foco maior nas áreas práticas (80%) e apenas 20% do curso focado para as matérias teóricas. O residente tem o acompanhamento de um profissional da área a ser trabalhada e um tutor, que é um professor da instituição de ensino.

A especialização tem duração de dois anos, com uma carga horária de 60 horas semanais. Somando assim 5.760 horas de curso. Por isso, é obrigatório que o aluno tenha uma dedicação exclusiva para a residência.

Bolsa de estudos

Financiada pelo Ministério da Saúde e o Ministério da Educação, o residente recebe uma bolsa no valor de R$ 3.330,47, justificando a impossibilidade de desenvolver outras atividades remuneradas no mesmo período.

Enquanto o Ministério da Educação destina verba apenas para as universidades públicas, o Ministério da Saúde financia instituições públicas e filantrópicas através de editais anuais.

Processo de seleção para a residência em Enfermagem

Esse processo muda de acordo com cada instituição de ensino dependendo das normativas de um edital. Normalmente, seguindo as seguintes etapas:

  • prova de conhecimento geral e específico;
  • Análise de currículo;
  • Entrevista e defesa da área (essa etapa consiste em uma análise de toda a trajetória acadêmica do profissional e a defesa do porquê ele escolheu a área de atuação para se especializar);
  • Prova prática (aplicada apenas em alguns casos).

As provas da residência são consideradas mais difíceis do que as provas para um concurso público por abordar temas técnicos de todas as áreas de atuação de um enfermeiro, além da parte específica da área escolhida para a especialização. O aluno deve estar bem preparado para essa etapa.

Onde fazer a residência

Tão importante quanto escolher a área de atuação é escolher onde irá estudar. Existem instituições de ensino espalhadas por todo o país e com diferentes cursos. Abaixo fizemos uma lista com algumas delas em diferentes regiões. Confira:

  • Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (SP)
  • Hospital Sírio Libanês (SP)
  • Hospital Israelita Albert Einstein (Diversos estados)
  • Faculdade de Ciência Médica Santa Casa de São Paulo (SP)
  • Instituto Nacional do Câncer (RJ)
  • Hospital Pedro Ernesto (RJ)
  • Universidade Federal de Juiz de Fora (MG)
  • Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (MG)
  • Universidade Federal do Rio Grande do Norte (RN)
  • Universidade Estadual de Londrina (PR)

Áreas de especialização

Para fazer a residência em Enfermagem o aluno deve escolher a área que mais lhe agrada e que deseja seguir carreira. São muitas as áreas de formação, mas listamos aqui algumas que são mais procuradas por profissionais que desejam se especializar. Veja:

  • Enfermagem em cardiologia e hemodinâmica: é a especialização que capacitará o profissional para lidar com o coração e o sangue, tanto em tratamentos como em questões cirúrgicas.
  • Enfermagem do trabalho: é o profissional de saúde que irá auxiliar no atendimento emergencial dentro das empresas. Também integra a equipe do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e medicina do Trabalho (SESMT).
  • Enfermagem clínico-cirúrgica: o profissional dessa área será capacitado para dar assistência à pacientes hospitalizados com infecções em estado crítico.
  • Enfermagem obstétrica: essa especialização lida com parto e com as condições da gestante e do bebê. O enfermeiro se capacitará criticamente para analisar a situação da paciente. Lembrando que para essa especialização o residente precisará participar de 20 partos para obter o certificado.
  • Farmacologia clínica: o objetivo dessa área de atuação é aprofundar o conhecimento já obtido em farmacologia e farmacoterapia. Essa especialidade capacita o profissional a prescrever medicamentos aos pacientes.
  • Cuidados intensivos: essa é uma das especializações que lidam com várias áreas distintas. O intensivista, como é chamado o enfermeiro atuante nos cuidados intensivos, trabalha diretamente com pacientes em estados críticos em UTI’s e CTI’s. Essa é uma das áreas mais complexas da enfermagem.
  • Enfermagem oncológica: o residente se capacitará para cuidados clínicos, paliativos e cirúrgicos de um paciente com câncer. Além desse profissional poder atuar também com pesquisas científicas.

Como se preparar para a prova

Se preparar para uma prova tão heterogênea onde os conteúdos abordados são distintos entre si, demanda tempo e dedicação do aluno. Por isso, o ideal é planejar os estudos e pautar os temas com base nos editais anteriores, nos quais são divulgadas as provas e os gabaritos.

Temas como Legislação do SUS, teoria da enfermagem, urgência e emergência, pediatria, saúde mental, ética e bioética, entre outros, podem estar presentes na prova. Sem esquecer dos temas da área específica que cada aluno escolher. Quanto antes for iniciada a preparação, melhor será a pontuação no processo seletivo.

Se especializar e buscar crescer como profissional é sempre bom. Você pode encontrar mais informações sobre residência em enfermagem no Guia de Orientações para o Enfermeiro Residente do governo federal.

Fonte: [1]

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