Rastreamento Oportunístico do Câncer de Mama Desenvolvido por Enfermeiros da Atenção Primária à Saúde

9 de abril de 2020 por filipesoaresImprimir Imprimir

Ações no controle do câncer de mama: identificação das práticas na Atenção Básica.


O câncer de mama é o segundo mais comum em relação aos sítios de localização, com uma incidência de 1,7 milhões de novos casos, ou 11,9% de todos os cânceres. Ocupa a quinta posição como causa de morte por câncer, com 522.000 ou 6,4% das mortes, por ter um prognóstico relativamente favorável. No Brasil, as estimativas apontam, para o biênio 2014-2015, 57.120 casos novos da doença, com a taxa de mortalidade se mantendo em elevação em decorrência dos tumores serem detectados em estágios avançados.

Rastreamento de câncer de mama

No município paulista em que este estudo foi realizado, o coeficiente de mortalidade por câncer de mama mantém-se em ascensão, segundo informações da Secretaria Municipal da Saúde. Os últimos dados publicados apontam que, em 2004, o coeficiente foi de 17,30 por 100 mil mulheres, enquanto no estado de São Paulo foi de 14,08.

Rastreamento do câncer de mama

Para o controle desta neoplasia, são fundamentais as ações de rastreamento, que consistem na realização sistemática e periódica de exames em mulheres assintomáticas, bem como a detecção precoce para mulheres sintomáticas com vistas ao diagnóstico em estágios iniciais, quando os tratamentos são considerados mais eficientes e são maiores as chances de cura da doença.

Entretanto, a falta de estrutura nos serviços públicos de saúde no Brasil dificulta a implementação de programas de rastreamento organizado, gerando gastos elevados com procedimentos referentes à mamografia mesmo com baixa cobertura deste exame na população-alvo. Diante dessas dificuldades, as ações de controle do câncer de mama ocorrem de forma isolada no território nacional.

É evidente a importância dessa neoplasia no contexto das políticas públicas de saúde, com destaque para a necessidade de capacitação dos profissionais, organização dos serviços de saúde e ações educativas às usuárias. Investimentos em ações de prevenção, detecção precoce e implementação de programas efetivos no controle da doença são apontados como medidas fundamentais. Sabe-se que os programas de rastreamento organizado, predominantes nos países desenvolvidos, apresentam maiores potenciais de redução da morbimortalidade e evitam triagens desnecessárias. Entretanto, o controle e a certificação dos programas de rastreamento implantados no país ainda não apresentam informações consistentes sobre sua eficácia.

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