Conscientiza sobre o método do LM na prática de SSO.
As abordagens tradicionais de saúde e segurança no trabalho são abordagens reducionistas e descendentes. As práticas de intervenção são feitas por especialistas para o cumprimento de regras ou para redução de riscos elementares, sem o envolvimento e aprendizado dos atores. Para superar essas limitações, o conceito e o movimento da saúde do trabalhador no Brasil. Possibilitaram avanços significativos dos aspectos meramente visíveis para a compreensão das interações dentro das organizações.
O LM é um método de intervenção formativa, inicialmente desenvolvido na Finlândia em meados dos anos 90 por pesquisadores do Centro de Pesquisa em Atividade, Desenvolvimento e Aprendizagem (CRADLE), da Universidade de Helsinque. A partir de então, esse método foi aplicado em diversos países às atividades em diferentes setores. Este método foi adotado muito recentemente no Brasil. Até aonde sabemos, a primeira experiência data de 2012, quando foi apresentada ao nosso grupo de pesquisa.
Este método inovador foi claramente projetado para promover a aprendizagem expansiva e o desenvolvimento do trabalho. Esses objetivos são alcançados pelo incentivo dos participantes do LM na identificação e análise das contradições estruturais históricas e sistêmicas dos distúrbios, conflitos e anomalias. (Tais como problemas relativos ao ambiente de trabalho, a SSO, qualidade e produtividade e relações de trabalho). O método do LM é baseado na teoria da atividade, que inclui teorias, modelos e conceitos, como o ciclo de aprendizagem expansiva formulado por Engeström, que envolve uma série de ações de aprendizagem, incluindo questionamento, análise, modelagem, teste, implementação e consolidação de novos modelos de sistemas de atividade.
A pesquisa formativa e intervencionista representa um desafio para a ciência contemporânea, tanto quanto as abordagens dominantes de aprendizagem e desenvolvimento se concentram no diagnóstico. Com uma clara divisão de trabalho em que as soluções são desenvolvidas por especialistas e depois transferidas aos usuários. Tais abordagens nem sempre são capazes de desencadear a mobilização interna. Gerar aprendizado, a liderança necessária ou envolvimento de atores locais, que estão na liderança dos processos de trabalho, limitando assim a implementação das soluções sugeridas.