A equipe de enfermagem está exposta a diferentes riscos ocupacionais. Sendo o risco biológico o mais frequente. Assim como os profissionais, os pacientes também são expostos a estes riscos durante a assistência. Sendo as infecções decorrentes desta, um grave problema de saúde pública. As infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) podem aumentar a resistência aos antibióticos. Prolongar a hospitalização. Elevar os custos para o sistema de saúde. Paciente e familiares. E ainda causar a morte.
As mãos são estruturas corporais muito utilizadas no contato direto com o paciente. Sendo o principal meio de transmissão de microrganismos. Dessa forma, a não adesão à HM (higienização das mãos) compromete a qualidade e segurança da assistência prestada. Para que haja a ruptura dessa cadeia de transmissão é necessária a adoção de normas básicas de higiene no ambiente hospitalar. Sendo a HM a de maior impacto. Assim, são recomendados alguns momentos para a HM, são eles: antes e após o contato com o paciente, antes da realização de procedimento asséptico, após a exposição a fluidos corporais, e após o contato com áreas próximas ao paciente.
A OMS, desde 2008, visando melhorar a adesão à HM, estimula a implantação da estratégia multimodal ou multifaceta, composta por: adequação da estrutura da instituição com a disponibilização de pias, sabonete, papel toalha e solução alcoólica; treinamento e educação regular das equipes; avaliação periódica da HM com feedback para os profissionais; utilização de cartazes atuando como lembretes para os profissionais e informativos para pacientes e visitantes; e criação de um clima de segurança institucional no qual os sujeitos de todos os setores agem para promover a HM.
Embora haja esforços para aumentar a adesão dos profissionais à HM, nota-se que esta prática ainda não se encontra totalmente incorporada às rotinas de trabalho, fato que propicia a transmissão de microrganismos e expõe os profissionais de enfermagem ao risco biológico. Sendo assim, objetivou-se com este estudo avaliar a HM, por meio de indicadores de avaliação da infraestrutura e processo, e verificar o conhecimento da equipe de enfermagem sobre a prática de HM.