Consumo De Álcool Em Comunidades Indígenas Brasileiras: Uma Revisão Literária

26 de fevereiro de 2019 por filipesoaresImprimir Imprimir


O uso de bebidas alcoólicas merece destaque por terem sido importantes, apesar das variações, na vida humana. Na Antiguidade foi utilizado como meio de se livrar das enfermidades e das impurezas até como objeto e oferenda aos deuses, bem como forma de obter prazer e relaxamento. O álcool não é único entre as drogas com papel de aliviar o controle social, entretanto é o mais divulgado e existe forte relação do consumo de bebidas de teor alcoólico com as festividades e celebrações, servindo como potencializador do alívio das tensões sociais sobre comportamentos, bem como permissor de experimentar situações potencialmente perigosas.

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Consumo de álcool em comunidades indígenas brasileiras

No Brasil, segundo o II Levantamento Domiciliar sobre uso de drogas psicotrópicas no Brasil, realizado no ano de 2005 indicou que o número de brasileiros, com idades entre 12 e 65 anos, dependentes de bebidas alcoólicas foi de 12,3%, o que corresponde à população de 5.799.005 pessoas.

A luz desses dados pode-se evidenciar a problemática do consumo de substâncias psicoativas na população não indígena, entretanto, quando se trata dos povos indígenas, tal situação torna-se problemática e é agravada pelo processo de vulnerabilidade. O censo demográfico realizado em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que existem 896 mil pessoas que se declararam ou se consideravam indígenas.

Diante disso tudo se espera que os órgãos competentes para o assunto, juntamente com as equipes de saúde, dentre eles a equipe de enfermagem e as lideranças indígenas, deem maior visibilidade à área de saúde mental, com destaque para a problemática do uso de álcool e outras drogas, visando assim à tomada de medidas preventivas e de minimização dos danos causados por essas drogas e na busca por entender os fatores que contribuem para esse consumo, mesmo que na maioria das vezes ele ocorra em ocasiões pontuais, pois ainda nessas situações geram danos consideráveis à saúde do indígena, afetado diretamente, como também à própria aldeia na qual reside e mantém seus vínculos sociais e afetivos.

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