Há a constatação de que a Enfermagem, enquanto trabalho inserido no setor terciário da economia, na prestação de serviços de assistência à saúde, sofre o impacto das políticas sociais e econômicas capitalistas do País. Um dos impactos é constatado pelas más condições de trabalho. O que é inquestionável e comprovado pelo adoecimento dos trabalhadores, cujo adoecimento não tem transparência ou visibilidade nas estatísticas oficiais.
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Para melhor compreensão do adoecimento dos trabalhadores é necessário refletir sobre como isso ocorre e quais são as evidências dessa problemática.
O trabalho de enfermagem está presente 24 horas por dia nas instituições de saúde com internação e durante toda a jornada em outras instituições de saúde. O que torna mais intenso o impacto das condições de trabalho? Nessas instituições, há escassez de trabalhadores de enfermagem, implicando na intensificação do ritmo de trabalho e, portanto, no seu desgaste. Subsidia essa discussão o fato de que a Organização Mundial de Saúde recomenda a relação de dois enfermeiros/1.000 habitantes. Apesar do grande contingente de trabalhadores de enfermagem no País, que soma cerca de 1.500 milhão de trabalhadores, essa meta ainda não foi atingida, sendo a relação de 1,42 enfermeiros 1.000 habitantes aquém da recomendada.