Apresenta uma visão geral das evidências que fundamentam um protocolo de cuidados de Enfermagem para a pessoa que apresenta sepse na UTI.
As infecções de modo geral tendem a se propagar rapidamente quando as intervenções não são adequadamente empregadas. A taxa de mortalidade, por exemplo, associada à sepse grave, permanece inaceitavelmente elevada – 28% a 50%. Essas percentagens aumentam com o número de disfunções orgânicas, o que infelizmente, acaba promovendo um aumento nas taxas de mortalidade de 75% a 85%.
Em uma conferência internacional de definição da sepse realizada em 2001, pesquisadores e especialistas em sepse, de várias partes do mundo, decidiram não modificar as definições vigentes e sim ampliar a lista dos sinais e sintomas da sepse. O uso do termo sepse não está restrito apenas à síndrome inflamatória sistêmica secundária à infecção bacteriana, mas àquela resultante de qualquer microrganismo e/ou seus produtos.
O termo é aplicável somente quando a resposta sistêmica é clinicamente relevante, podendo manifestar-se por uma variedade de situações, de complexidade crescente: (a) sepse grave; associada à disfunção de órgãos, hipoperfusão (b) choque séptico; associada com as alterações da hipoperfusão mais a hipotensão persistente mesmo após ressuscitação volumétrica adequada (c) síndrome da disfunção de múltiplos órgãos (SDMO), que pode representar o estágio final da resposta inflamatória sistêmica grave.
A assistência de enfermagem de acordo com a evolução clínica do cliente com sepse precisa estar fundamentada. Todos os cuidados prestados ao cliente nessa condição requer atenção continua na assistência. E o enfermeiro é o profissional que está presente em todos as fases desse processo do cuidar, por isso, essa pesquisa é muito importante para fortalecer e ao mesmo tempo justificar o porquê daquele cuidado com o cliente com sepse.
Este estudo sobre a preparação desse conjunto de cuidados aos clientes com sepse na UTI é de suma importância não só para a Enfermagem, mas para todos os profissionais envolvidos no cuidado ou reabilitação do cliente com sepse. É preocupante o alto índice de pessoas internadas em UTIs com diagnóstico de sepse. Além disso, devemos frisar o grande número de morbimortalidades causados por essa patologia.