Práticas Educativas Desenvolvidas Por Enfermeiras: Repercussões Sobre Vivências de Mulheres na Gestação e no Parto

13 de maio de 2020 por filipesoaresImprimir Imprimir

Discussões das repercussões das práticas educativas desenvolvidas por enfermeiras sobre a vivência das mulheres na gravidez e no parto.


Atualmente, muitas mulheres perderam o credo em sua capacidade de gestar e parir. Elas acreditam que precisam de um profissional munido de alta tecnologia e saber para realizar seu parto.

Vivências de mulheres na gestação e no parto

Práticas Educativas Desenvolvidas Por Enfermeiras: Repercussões Sobre Vivências de Mulheres na Gestação e no Parto.

Essa mentalidade decorre da forte e intrínseca cultura do parto hospitalar vigente, onde o parto natural ou fisiológico não é considerado seguro, ocorrendo a desvalorização dos conhecimentos e potenciais da mulher. Assim, por terem sido socializadas nessa cultura acreditamos que algumas mulheres valorizam as ações intervencionistas, centradas no profissional.

Vivências de mulheres na gestação e no parto

No enfrentamento desta problemática na obstetrícia contemporânea, a educação em saúde é uma valiosa estratégia profissional enquanto alicerce da negociação do cuidado humanizado, e neste contexto, é entendida como uma prática educativa que trabalha junto ao indivíduo a visão crítica e libertadora das condições de vida, almejando estratégias de mudança em seu benefício e de sua comunidade. Neste sentido, as práticas educativas desenvolvidas pelas enfermeiras no campo obstétrico são um instrumento de suas ações de cuidado que podem transformar a maneira de parir e nascer em confluência com a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher, que enfatiza que a humanização da atenção em saúde envolve “compartilhar saberes” e “reconhecer direitos”, percebendo, nas relações, os condicionantes socioculturais, étnicos, raciais e de gênero.

Sabe-se que a associação do cuidado com as práticas educativas está no saudável compartilhar de práticas e saberes em uma relação horizontalizada onde a enfermeira exerce seu papel de cuidadora e educadora dividindo o seu saber e fazer e agregando o saber e o fazer popular, evitando, assim, posturas autoritárias. Nesta perspectiva, o cuidado de enfermagem no campo obstétrico torna-se, então, humanizado, porque considera as práticas culturais em saúde da população, abrindo um espaço de construção dos saberes a partir das práticas educativas. O que diferencia esse cuidado de outros é o seu potencial libertador e gerador de novos comportamentos de saúde da população e dos próprios profissionais de saúde envolvidos.

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