Por Que o Cofen é Contra o EaD em Enfermagem?

19 de junho de 2020 por filipesoaresImprimir Imprimir


Conselheira federal Dorisdaia Humerez discute e responde questões relativas à Educação a Distância em Enfermagem. Confira!

Qual o posicionamento do Cofen sobre o EaD em saúde?

O Cofen não é contrário à modalidade do ensino à distância. Não se pode negar que o EaD traz tecnologia para todas às áreas e modalidades, inclusive as de saúde e educação. Não somos contrários às capacitações, às pós-graduação, nossa contrariedade é em relação à formação, tanto de técnico de enfermagem quanto da graduação.

Em 2015 foi feita uma fiscalização do Cofen em diversos polos, o que foi encontrado?

Não foi uma iniciativa própria do Cofen, foi devido ao um Ofício do Ministério Público Federal, questionando ao Cofen se ele considerava se o EaD era adequado, a partir daí foi solicitada a permissão do Ministério para fazer um reconhecimento das condições adequadas e o que foi encontrado foi o caos, desrespeitando a legislação. Inclusive muitos polos clandestinos. Essa operação foi denominada: Operação Ead.

Educação a distância

Quais os riscos para a população e para o mercado de trabalho?

A Competência do Cofen é normatizar a profissão. O grande risco para a população são imperícia, negligência e imprudência. São inúmeros processos éticos por erros cometidos pelo profissional. Um erro cometido pelo profissional de enfermagem não tem intermediário e pode levar à óbito. Uma documentação pode ser corrigida, mas um erro do profissional de saúde não.

O Cofen teria autonomia para não registrar os profissionais formados por EaD?

Não, pois os mesmos estão reconhecidos pelo Ministério da Educação, não é prerrogativa do Cofen negar o direito. Também não existe diferença no diploma.

O Cofen faz alguma diferenciação entre os alunos formados de forma presencial e EaD?

Não, o diploma é o mesmo e não pode ser feita diferenciação no momento de registro.

É verdade que a profissão de técnico de enfermagem será extinta?

Não. Não existe nenhuma proposta em relação a isso. O que existe é a necessidade de o auxiliar se tornar técnico, tendo em vista que não há mais formação de auxiliares de enfermagem. O que nós queremos é que o auxiliar complete o técnico, porém o registro dos mesmos continua ativo