Anticoagulantes são indicados para profilaxia primária e secundária de eventos tromboembólicos, que estão entre as principais causas de mortalidade e morbidade em todo o mundo.
Anticoagulantes são indicados para profilaxia primária e secundária de eventos tromboembólicos, que estão entre as principais causas de mortalidade e morbidade em todo o mundo. As indicações da anticoagulação oral envolvem, principalmente, tromboembolismo venoso (ex.: trombose venosa profunda e tromboembolismo pulmonar) e fibrilação atrial. Entretanto, apesar da anticoagulação oral ser uma terapêutica historicamente muito prescrita e bastante efetiva, tem sido identificada como importante fator contribuinte para eventos adversos a medicamentos e apontada como alvo de ações prioritárias na prevenção de erros de medicação.
Desde 1954, a varfarina é empregada na anticoagulação oral, sendo, frequentemente, iniciada durante a internação hospitalar e prescrita para uso contínuo mesmo após a alta do paciente. Mas, o emprego de anticoagulantes na prática clínica foi ampliado a partir de 2009 com o lançamento de um novo grupo de medicamentos dessa classe de fármacos, inicialmente denominado “Novos Anticoagulantes Orais” (do inglês New Oral Anticoagulants – NOAC). Posteriormente, a Sociedade Internacional de Trombose e Hemostasia sugeriu que o termo mais adequado fosse “Anticoagulantes de Ação Direta” (AAD), sendo que, na perspectiva da segurança do paciente, a nomenclatura “Novos Anticoagulantes Orais” poderia induzir uma interpretação inadequada de sua abreviatura. Em relatos citados pelo ISMP EUA, a sigla “NOAC” foi interpretada como “não anticoagulação”, levando a omissões na prescrição e administração de um anticoagulante necessário para o paciente.
Para prevenir e reduzir esses erros de medicação envolvendo os AAD, diferentes ações têm sido sugeridas por instituições como o ISMP e a Joint Comission International. Primeiramente, devido às diferenças entre os anticoagulantes orais, é importante que profissionais de saúde diretamente envolvidos com a utilização desses medicamentos, como enfermeiros, farmacêuticos e médicos, conheçam e tenham acesso às informações sobre suas características terapêuticas para proporcionar um tratamento efetivo e seguro com essa classe de medicamentos.