Tratamentos Potenciais Para Covid-19: Promoção do Uso Seguro Durante a Pandemia

4 de maio de 2020 por Joyce GomesImprimir Imprimir

Promove o uso seguro de medicamentos considerados, pela OMS, potenciais para o tratamento da COVID-19.


A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou, em março, situação de pandemia causada pelo novo coronavírus SARSCoV-21 . Desde então, medidas de prevenção vêm sendo adotadas em todo o mundo para redução dos seus impactos sanitários. No tocante a tratamentos potenciais para Covid-19, os dados sobre eficácia e segurança ainda são incipientes. Inexistem, até o momento, estudos substanciais e conclusivos, sobretudo ensaios clínicos randomizados, bem delineados para apoiar escolhas terapêuticas, sendo necessário impulsionar pesquisas para embasar decisões em um futuro próximo.

tratamentos potenciais para Covid-19

Sob esse contexto, a OMS propôs que os países envolvidos na pandemia aderissem ao estudo clínico internacional , que, no Brasil, está sendo coordenado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).Trata-se de estudo randomizado, realizado com pacientes adultos internados com COVID-19 que não apresentam contraindicação para a utilização de qualquer um dos quatro tratamentos propostos.

Erros de medicação envolvendo tratamentos potenciais para COVID-19

No quadro abaixo, estão descritos os principais erros de medicação observados, de acordo com a taxonomia do National Coordinating Council for Medication Error Reporting and Prevention (NCC MERP) envolvendo medicamentos que estão sendo avaliados pela OMS como potenciais tratamentos para COVID-19.

tratamentos potenciais para COVID-19

A hidroxicloroquina é considerada medicamento com risco potencial de erro de medicação devido à troca por outro medicamento cujo nome tenha som ou grafia semelhante. Entre os medicamentos com risco de troca estão a hidroclorotiazida, a hidrocortisona e hidroxiuréia. A fim de prevenir os erros de medicação envolvendo esses medicamentos e garantir a segurança do paciente, as seguintes recomendações devem ser implementadas:

1. Conferir as doses prescritas antes da finalização da prescrição, tendo como referência as doses sugeridas para tratamento de COVID-19.

• Registrar o peso e o de creatinina na prescrição para facilitar a análise farmacêutica e da equipe de Enfermagem.
• Realizar dupla checagem da dose na farmácia e antes da administração, incluindo ajuste de doses.

2. Registrar a duração do tratamento na prescrição com o objetivo de evitar que o tratamento seja continuado acima do período recomendado.

3. Registrar o horário exato em que o medicamento foi administrado ao invés de somente checar com assinatura ou sinalização sobre o horário presente no registro de administração manual ou eletrônico. Caso uma dose do medicamento seja administrada fora do horário programado, ou omitida, o profissional deve registrar o motivo.

4. Adotar esquemas de horários padronizados para a administração de medicamentos com base na frequência de dosagem prescrita, sempre que possível.

5. Diferenciar a prescrição da hidroxicloroquina, dando destaque à escrita da parte do nome que a diferencia, usando letra maiúscula e em negrito: hidroxicloroquina.

6. Realizar o monitoramento contínuo dos parâmetros de efetividade e segurança desses medicamentos.

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