Descreve o planejamento do transporte inter-hospitalar de recém-nascido crítico em ambulância sob o olhar dos profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência.
O transporte Neonatal (RN) tem sido uma necessidade por muitas décadas. Quando se percebeu que nem todos os hospitais poderiam fornecer o nível de cuidados ao Recém Nascidos prematuro ou gravemente doente. Estima-se que em países desenvolvidos 15 a 20% das crianças nascem em locais sem infraestrutura, em condições precárias de atenção ao parto e nascimento e com carência de serviços especializados. No Brasil, esses percentuais são desconhecidos e podem ser ainda maiores.
Apesar dos melhores esforços para providenciar a transferência pré-natal materna quando ditada pelo estado clínico. Nem sempre é viável do ponto de vista logístico ou de segurança. Portanto, inevitavelmente, haverá RN que necessitarão de uma transferência urgente ou emergente de um nível mais baixo de atendimento neonatal para um nível mais elevado após o nascimento.
O transporte neonatal representa uma parte essencial de pacotes de cuidados requeridos pelos serviços perinatais. No Brasil, é realizado predominantemente por via terrestre, por entidades públicas e privadas. Por meio da portaria nº 2048 do Ministério da Saúde. Assim definiu-se que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) responde pela realização do transporte neonatal e pediátrico cujas condutas deverão obedecer às diretrizes estabelecidas na portaria.
O SAMU Cegonha. Portanto um dos pontos estratégicos da Rede Cegonha. Visa oferecer aos RN críticos que necessitem de transporte inter-hospitalar uma ambulância com incubadora e ventilador de transporte, reforçando a importância da execução do transporte com segurança e qualidade. No entanto, apesar dos esforços para a melhoria do transporte neonatal, estudos apontam fragilidades na execução desse serviço de assistência ao RN crítico. Destacadamente, falhas na comunicação e a inexistência de infraestrutura mínima para a execução de um transporte seguro.