Sobrevida e Principais Intervenções de Enfermagem em Pacientes Pediátricos em Uso da Oxigenação por Membrana Extracorpórea

19 de outubro de 2022 por filipesoaresImprimir Imprimir

Identifica intervenções de Enfermagem e analisa a sobrevida de pacientes pediátricos que utilizaram oxigenação por membrana extracorpórea no pós-operatório de Cirurgia Cardíaca.


A oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO), ou suporte de vida extracorpóreo (ECLS) é um sistema temporário mecânico e fechado que tem por objetivo oferecer um suporte cardíaco, respiratório ou cardiopulmonar, sendo implementado quando existe uma falha no funcionamento dos pulmões e/ou coração, exigindo uma intervenção para que ocorra a oxigenação desse sangue e possibilite a recuperação dos órgãos primariamente acometidos. Deste modo a ECMO garante a perfusão tecidual de todos os órgãos enquanto ocorre a recuperação dos órgãos afetados que são responsáveis por esta função.

Sobrevida e Principais Intervenções de Enfermagem em Pacientes Pediátricos em Uso da Oxigenação por Membrana Extracorpórea

Sobrevida e Principais Intervenções de Enfermagem em Pacientes Pediátricos em Uso da Oxigenação por Membrana Extracorpórea. Foto: Divulgação.

A ECMO, permite dois tipos de configuração dependendo da falência que o paciente apresenta, venovenosa (ECMO- VV) ou venoarterial (ECMO- VA). A modalidade ECMO- VV é capaz de oxigenar adequadamente o sangue e remover o CO2, sendo utilizado para fins respiratórios, nesta configuração como não oferece suporte circulatório a função cardíaca deve estar preservada. A ECMO- VA é indicado para ofertar suporte circulatório com função pulmonar preservada ou não.

Intervenções de Enfermagem em Pacientes Pediátricos

O uso da ECMO como estratégia de tratamento, é uma intervenção de alta complexidade e alto custo, é utilizada tanto em pacientes neonatais, pediátricos quanto em adultos. Houve um aumento do uso da ECMO em recém nascidos no final dos anos 1980, demonstrando uma sobrevida de 80% entre os pacientes que havia um prognóstico ruim de 60-80%.

A sobrevida pode ser utilizada com um indicador para avaliar resultados na utilização da ECMO em pacientes pediátricos no pós-operatório de cirurgia cardíaca, considerando que as taxas de sobrevida podem contribuir para estimar a capacidade do sistema em prover uma atenção de qualidade aos pacientes. A sobrevida através da ECMO pode ser dividida em duas: presença de circulação nativa 24 após a decanulação, e a sobrevida no momento de alta do paciente vivo.

De acordo com o parecer do COREN-SP Nº 033/2011, cabe ao enfermeiro, privativamente a responsabilidade pela assistência direta aos pacientes que utilizam a ECMO, deste modo o enfermeiro deve ter pensamento crítico e proporcionar uma assistência sistematizada, reflexiva e humanizada, a fim de promover cuidados específicos, tendo sempre a segurança do paciente como meta primordial, e como resultado, tenha a recuperação evitando complicações.

Através de uma abordagem clínica podemos utilizar o processo de enfermagem como estratégia do cuidado favorecendo a identificação de problemas de enfermagem que requeiram intervenções. De acordo com a Resolução do Conselho Federal de Enfermagem – COFEN nº358/2009 a sistematização da assistência de enfermagem -SAE é privativa do Enfermeiro, operacionalizando e documentando o processo de enfermagem, e por meio dela acontece a promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde. As intervenções de enfermagem fazem parte desse processo, e refletem o nível de complexidade do cuidado.

Neste contexto, objetivou-se identificar intervenções de enfermagem e analisar a sobrevida de pacientes pediátricos que utilizaram ECMO no pós-operatório de Cirurgia Cardíaca.

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