As lesões musculoesqueléticas (LME) são o problema de saúde mais comumente associados ao trabalho, afetando milhões de trabalhadores, tornando-se motivo de preocupação não só pelos efeitos sobre a saúde do trabalhador individualmente, mas também pelo impacto econômico sobre a empresa e os governos, bem como pelos custos sociais.
Ao longo de muitos anos, a atenção à saúde do trabalhador tem se focado nas LME decorrentes dos distúrbios osteoarticulares relacionados ao trabalho (DORTs), no entanto, em muitos casos, ignora-se a presença de sintomas prévios de alerta, a exemplo da fadiga, dor e tensão muscular. Tais sintomas são sinais de alarme para que o organismo humano reconheça seus limites e estabeleça um período de repouso para reverter os sintomas que se instalaram. Uma vez que essa solicitação de repouso não é obedecida, ela leva o profissional a um esgotamento físico e psíquico e à manifestação de alterações no funcionamento fisiológico das funções orgânicas.
Diante desse cenário, da característica do trabalho realizado na UTI e por causa dos riscos aos quais esses profissionais estão expostos, procurou-se neste estudo avaliar a interferência dos fatores sociodemográficos e organizacionais no surgimento simultâneo de dor, tensão e fadiga musculoesquelética em profissionais nas UTIs.