15 de março de 2024 por filipesoares
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Evento, organizado pela Fiocruz e pela Abrasco, contou com presença do Cofen e deu ampla visibilidade à força da Enfermagem na Saúde.
Alicerce do Sistema Único de Saúde (SUS), a Enfermagem, marcada pela alta capilaridade em todos os níveis de assistência, exerce papel vital na promoção da saúde, bem como na prevenção de doenças, coordenação do cuidado e garantia da eficácia dos serviços prestados. Nesta segunda-feira (11/3), o protagonismo da categoria foi amplamente abordado no seminário “Carreiras no SUS: Obstáculos e Alternativas”. O evento, organizado pela Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) e pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), contou com a participação do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen).
Seminário focou no alto contingente de profissionais de Enfermagem. Foto: Cofen.
O seminário integra um conjunto de três encontros pensados pelo Observatório do SUS da Ensp, em conjunto com a Abrasco, com o objetivo de promover uma discussão abrangente sobre os desafios estruturais do Sistema único e de apresentar propostas para enfrentá-los. O primeiro seminário abordou o financiamento da saúde durante as discussões sobre o novo arcabouço fiscal do país.
O segundo encontro teve foco na regionalização da rede de saúde, explorando temas como gestão federativa. O de ontem, o terceiro e último, foi voltado para debate sobre a recomposição salarial justa e a valorização do trabalho dos profissionais do SUS nas três esferas do governo. Durante o seminário, a Enfermagem foi amplamente citada e visibilizada.
Paulo Murilo de Paiva, coordenador da Comissão Nacional de Enfermagem em Saúde Intercultural do Cofen, representou durante o seminário Betânia Santos, presidente da autarquia. Durante fala no seminário, destacou a importância da relevância dada à categoria durante o encontro e reforçou a visão de que os trabalhadores da saúde sejam vistos como “humanos com recursos”, e não simplesmente “recursos humanos”.
“Ficamos felizes com o destaque dado à Enfermagem, a maior força da Saúde do nosso país. Foram apresentados uma série de dados que comprovam o alto contingente de profissionais e, consequentemente, a importância da categoria para assegurar a eficácia do SUS. O piso também foi extensamente utilizado como exemplo de financiamento federal capaz de garantir o reconhecimento salarial”, destaca.
“Não podemos falar de bem-estar da sociedade sem falarmos de Enfermagem. Somos o sustentáculo da saúde não apenas nacional, mas global. Aqui no Brasil, a alta presença de técnicos e enfermeiros, que juntos somam mais de 2,5 milhões de profissionais, revela a nossa grandeza e referência em todas as esferas da assistência”, acrescenta.
Plano de carreira no SUS – A dificuldade de prover profissionais de saúde em regiões distantes dos grandes centros urbanos é um dos principais desafios do SUS. A construção de um plano de carreira, uma das principais demandas de organizações que representam as classes da saúde, é vista como uma das possíveis ferramentas que podem solucionar esse problema.
Em janeiro, o tema entrou no centro de discussão com a criação da Comissão para Discussão e Elaboração de Proposta de Carreira no Âmbito do Sistema Único de Saúde (CDEPCA/SUS), ligada ao Ministério da Saúde. A ideia é fomentar a realização de debates, estudos, pesquisas e diagnósticos para o aprimoramento, com a expectativa de criar um plano de carreira.