O Desafio Global de Segurança do Paciente “Medicação sem danos” (em inglês “Medication without harm”). Lançado em 2017 pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Tem em princípio o objetivo geral reduzir os danos evitáveis relacionados ao uso de medicamentos. (para mais informações, acesse o Boletim do ISMP Brasil).
A interrupção durante o processo de medicação, também chamada de break-in-task, distração ou ruptura, ocorre quando a tarefa principal é suspensa para a realização de atividade secundária.
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Na prática, é difícil não ser interrompido ou distraído durante a realização de tarefas no ambiente de trabalho em saúde, mesmo ao executar atividades críticas e complexas que exigem grande concentração para evitar erros. Conforme demonstrado em alguns estudos, médicos foram interrompidos uma vez a cada 5 minutos em um ambiente de emergência profissionais da equipe de enfermagem sofreram uma interrupção a cada 7,64 minutos durante suas atividades.
Farmacêuticos e profissionais da equipe de farmácia tiveram, em média, uma interrupção a cada 4 minutos e a cada 6 minutos, respectivamente. Essas interrupções e distrações são frequentes e consolidadas na cultura das instituições de saúde. Logo, são aceitas por grande parte dos profissionais como algo normal e inerente ao seu trabalho. Visto que desse modo valorizam a disponibilidade para atender às necessidades da equipe dos pacientes e familiares.
Entretanto, tais circunstâncias contribuem para a ocorrência de erros na assistência, sendo reconhecidas pelos profissionais como impactantes na qualidade das atividades que executam.